Após o recesso parlamentar, a Câmara de Campos retomou as sessões ordinárias e receberá ainda em agosto o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, pauta de maior importância no segundo semestre. Para projetar este período na Câmara, a Folha ouviu o presidente Fred Rangel, o líder do governo Juninho Virgílio e tentou contato com o líder da oposição, Marquinho Bacellar, que não retornou até o fechamento desta matéria.

Para o presidente da Câmara, Fred Rangel (PP), o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 chegará no fim deste mês e será provavelmente a proposta de maior relevância do segundo semestre. A LOA é o instrumento legal que detalha a previsão de recursos que o governo irá arrecadar e fixa os gastos e despesas para o ano seguinte.

— A Lei Orçamentária Anual (LOA), que chegará no fim de agosto, sempre gera grande expectativa e debates mais acalorados, principalmente em termos mais específicos. Destacando também que existem diversos projetos de autoria dos vereadores que entrarão para tramitar nas próximas pautas — afirmou Fred Rangel.

O primeiro semestre teve embates, mas não superou os períodos da legislatura passada, em que aconteceram sessões mais tensas. Mesmo que não seja possível chamar de calmaria, o presidente da Câmara acredita no equilíbrio.

— Dar continuidade àquilo que a gente vinha praticando à frente da Casa, pautando os projetos que a gente acredita ser de interesse da população e tentando manter o ambiente equilibrado para a fluidez dos trabalhos — disse Fred Rangel.

O líder do governo no Legislativo, Juninho Virgílio (Podemos), também cita o orçamento de 2026 como pauta de maior relevância. Segundo ele, a previsão de receitas precisa se adaptar às metas do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), firmado pela Prefeitura com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), que envolve o fim dos funcionários em regime de RPA.

— Seguimos trabalhando nos bastidores, dialogando e preparando um segundo semestre que promete ser intenso. A prioridade agora é garantir que a LOA venha compatível com as metas do TAG e acompanhar de perto a aplicação da reforma administrativa que já aprovamos — falou Juninho.

A equipe de reportagem tentou contato com o vereador Marquinho Bacellar (União), líder da oposição na Câmara, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

Nos primeiros seis meses do ano, os assuntos que geraram mais embates entre a base e a oposição na Câmara foram a reforma administrativa da Prefeitura, a falta de repasses do governo do Estado à saúde municipal e o fechamento total da Estrada dos Ceramistas para obras. Com a reforma aprovada e implementada, os repasses retomados e a rodovia reaberta parcialmente em sistema “pare e siga”, surgem outros temas motivo de atritos e embates mais acalorados dos vereadores.