65% da força de trabalho das apostas esportivas no Brasil têm ou buscam ensino superior: novas competências em demanda
Gustavo Abreu 25/11/2025 13:18 - Atualizado em 25/11/2025 13:22
65% da força de trabalho das apostas esportivas no Brasil têm ou buscam ensino superior: novas competências em demanda
Uma pesquisa recente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Jogo Responsável com instituições de pesquisa foi categórica: nos até R$ 28 bilhões de demanda adicional projetada para a economia brasileira, o perfil dos trabalhadores envolvidos no setor é muito claro. Em resumo, 65% deles tem ensino superior completo ou incompleto.

Além disso, a média de salário dos contratados no setor é de R$ 7.000, bem acima da média nacional. No total, cerca de 15 mil profissionais já trabalham em casas de apostas ou em áreas ligadas a esse mercado, o que faz sentido diante do crescimento acelerado do setor. Hoje, mais de 60 casas de apostas esportivas licenciadas operam no Brasil. Afinal, quem são as pessoas que trabalham no mercado de apostas? Quais qualificações são exigidas? Há algo de novo?
Jovens da “era remota”: um perfil de profissional já conhecido?
É bem lógico supor que a maior parte dos trabalhadores nas bets pertence a um perfil típico e bem contemporâneo. Em resumo, pessoas de 20 a 35 anos, que tem um nível maior de qualificação, e geralmente já estão preparados para modelos remotos.

Afinal, embora muitas casas de apostas já tenham escritórios no país, esse é um fenômeno ainda recente, já que só a regulamentação permitiu que tivessem sede aqui. Veja alguns números de comparação do estudo sobre o nível de formação dos trabalhadores:
Então, conforme os próprios dados, a qualificação do profissional no mercado de apostas tende a ser bem maior que da média nacional.
Principais áreas de atuação
Os empregos qualificados, que requerem especialização ou formação de ensino superior, são 47% dos cargos no mercado. Entre as principais funções, o estudo coloca:
- T.I e segurança cibernética.
- Compliance - proteção legal atuação contra fraudes e outros crimes.
- Marketing e publicidade.
- Jurídico.
- Administrativo e financeiro.
- Atendimento ao cliente e ouvidoria.
Vale lembrar que, em um mercado tão delicado como o de apostas, a exigência de um bom canal de atendimento e ouvidoria é ainda maior. Afinal, as casas de apostas têm responsabilidade direta com a garantia de um ambiente de jogo responsável e moderado.

Da mesma forma, são exigidos profissionais bem qualificados para áreas como o compliance e a própria segurança cibernética. Afinal, também é essencial coibir invasões e comportamentos de jogo que podem indicar tentativas de fraude ou lavagem de dinheiro.

Por fim, o setor jurídico ainda é especialmente requisitado, já que questões envolvendo usuários e operações do dia a dia surgem com frequência.

Portanto, é natural que o setor exija profissionais qualificados e com formação avançada. E, como consequência, que a média salarial também seja mais alta.
Mercado de trabalho das bets: foram geradas 67 novas ocupações
Em dados divulgados no mesmo estudo, o mercado de apostas esportivas ainda gerou 67 novas ocupações, ou seja, ele requer algumas competências bem específicas e até mesmo novas no mercado trabalho. Entre os principais casos, são citados cargos como designer de produto, analista de riscos e desenvolvedor de sistemas.

Entre as principais competências, seria possível listar dezenas de habilidades necessárias para os diversos cargos gerados. Por exemplo, análise de transações financeiras, análise de comportamento de apostadores, identificação de padrões, análise de odds, noções de automação, resolução de conflitos, e muitas outras possibilidades.

Em suma, é perceptível que a maioria das qualificações se encaixa mais no perfil de profissionais qualificados e modernos, e menos de um trabalho manual, que exige pouca especialização.
Bons profissionais constroem um bom mercado
O bom mercado de trabalho é formado por bons profissionais. No setor de apostas esportivas, o mercado regulado é o espaço propício para a atuação de pessoas que trabalhem não apenas com alta eficiência, mas também com ética e discernimento.

O alto nível de qualificação desses trabalhadores serve como um propulsor para a própria economia do país, que deve se dirigir a um nível de tecnologia e especialização cada vez maior. Nesse sentido, o ramo de apostas pode sim ser um guia para aumentar a própria produtividade brasileira, espelhando práticas e trazendo novos recursos para o país como um todo.

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