Gustavo Abreu
25/11/2025 13:09 - Atualizado em 25/11/2025 13:09
1.025 municípios já têm cobertura 5G, segundo a Anatel
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Quando Brasília recebeu sua primeira antena comercial de quinta geração, em seis de julho de 2022, poucos imaginavam que, em apenas três anos, o sinal ultrarrápido alcançaria mais de 1.000 cidades. Em maio de 2025, a Agência Nacional de Telecomunicações confirmou 1.025 municípios com 5G em operação na faixa de 3,5 GHz. O que representa cobertura para 70% da população brasileira, colocando o país entre os maiores mercados da nova geração móvel. Diferente da transição do 3G para o 4G, a chegada do 5G não se resume a downloads mais rápidos. Ela redefine modelos de negócio, das colheitadeiras autônomas no cerrado às partidas de videogame disputadas em milésimos de segundo.
5G disponível comercialmente em 1.025 dos 1.507 municípios
De acordo com monitoramento da Conexis Brasil Digital, o serviço já garante acesso efetivo a sete em cada 10 brasileiros.O cumprimento das metas do edital veio acompanhado de um ritmo de implantação 73% superior ao cronograma original de antenas móveis. O Ministério das Comunicações e a Anatel apontam a atualização de leis municipais de infraestrutura e o crédito subsidiado como principais propulsores. O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, operado em parceria com o BNDES, já liberou R$ 2,5 bilhões em linhas de crédito, beneficiando 923 municípios com redes ópticas e de radiofrequência.
Com o 5G, a banda larga voa no Brasil
O impacto chega com força em diversos setores da sociedade. A principal revolução não se mede em megabits por segundo, mas em milissegundos. Com latência abaixo de 20?ms, drones e sensores já formam na Amazônia uma “Internet da Selva”. As aeronaves transmitem vídeos em 4K em tempo real e permitem que pesquisadores vigiem um angelim vermelho de 88,5?m, acionando alertas de desmatamento em poucos segundos. O lazer digital também abraçou a quinta geração. A Pesquisa Game Brasil 2025 registrou que 82,8% da população afirma jogar títulos eletrônicos regularmente. Projeções da Abragames e da consultoria Newzoo apontam faturamento de R$ 12,7 bilhões para o setor em 2025, dos quais 42% vêm do mobile.
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No entretenimento móvel, o 5G viabiliza experiências que exigem latência mínima. MMOs de mundo aberto, como Black Desert Mobile, e arenas de batalha em grande escala, caso de Call of Duty: Warzone Mobile, dependem da troca de pacotes em tempo real para manter a sincronia entre centenas de jogadores.
Um jogo de cassino como o slot Fortune Tiger da PG?Soft, mesmo com sua grade básica de 3x3, exige streams WebGL constantes para renderizar animações 3D e validar resultados no servidor. A instalação de servidores edge no Brasil ajuda a manter o ping médio abaixo de 15 ms, aproximando a fluidez no smartphone daquela obtida em redes cabeadas. Isso faz todo o sentido, pois, segundo a PGB, o brasileiro joga majoritariamente no smartphone e valoriza a possibilidade de jogar em qualquer lugar. Já na indústria, a Zona Franca de Manaus projeta a digitalização de linhas de montagem com suporte a sensores IoT e realidade aumentada. Estimativas da Suframa falam em investimentos de R$ 1,6 bilhão em PD&I voltados à adoção do 5G.
Latência de um dígito em dispositivos móveis
A marca de 1.000 municípios com cobertura 5G não é apenas um dado estatístico. É um divisor de águas que já impacta setores críticos. Eleva a produtividade industrial, democratiza o acesso à telemedicina e melhora significativamente a experiência de lazer online.