Durante a confraternização de secretários e servidores da Prefeitura de Campos, realizada na última segunda-feira (29), o prefeito Wladimir Garotinho (PP) discursou em tom de dúvida sobre sua permanência à frente da gestão municipal. Apesar das incertezas, o prefeito segue no centro das articulações políticas que começam a redesenhar o cenário eleitoral do próximo ano.

Logo no início do discurso, Wladimir indicou que pode não permanecer no cargo. “Eu não sei por quanto tempo ainda ficarei. Não sei o que o futuro me espera a partir de abril. Política é dinâmica”, afirmou, ao sugerir que aquele poderia ser seu último fim de ano à frente da Prefeitura.

O nome do prefeito campista é cotado para o pleito de 2026, e a principal aproximação observada até o momento envolve o grupo político liderado por Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias e uma das principais lideranças da Baixada Fluminense, que trabalha para viabilizar uma candidatura ao governo do Estado do Rio de Janeiro, em oposição ao prefeito da capital, Eduardo Paes.

Em agosto, durante a Exposição Agropecuária de Campos, Washington Reis afirmou que Wladimir seria seu “vice dos sonhos”. Já em outubro, os dois voltaram a se encontrar em um almoço na capital fluminense, embora nenhuma definição tenha sido anunciada.

Além dessa possibilidade, Wladimir também é citado nos bastidores como potencial vice em uma eventual chapa encabeçada por Eduardo Paes ou como candidato a deputado federal. Até o momento, nenhuma dessas hipóteses foi oficialmente descartada.

Outra alternativa ventilada é a candidatura da primeira-dama Tassiana Oliveira a deputada federal, o que permitiria a permanência de Wladimir no comando do Executivo municipal — cenário que, pela fala do prefeito no evento, parece cada vez mais distante.

Em outro trecho do discurso, o prefeito fez uma cobrança direta aos aliados que compõem sua base política. “Não me incomoda a voz de quem está do outro lado; incomoda o silêncio de alguns companheiros”, afirmou.