Congresso aprova diretrizes do Orçamento de 2026
Hevertton Luna 04/12/2025 17:16 - Atualizado em 04/12/2025 17:16
Congresso Nacional em Brasília
Congresso Nacional em Brasília / Agência Brasil
O Congresso aprovou nesta quinta-feira (4), em sessão conjunta, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. Além de estabelecer instruções para execução e elaboração do Orçamento do próximo ano, o texto determina que mais da metade das emendas parlamentares terá de ser paga pelo governo até o final do primeiro semestre.

A regra vai abranger indicações feitas por parlamentares em duas modalidades de emendas: individuais e de bancadas. Essas categorias têm pagamento obrigatório pelo governo, mas o fluxo de desembolso varia.

O Executivo terá de quitar 65% do total indicado por parlamentares nessas modalidades para as áreas da saúde e da assistência social — que representarão a maior parte dos recursos indicados por deputados e senadores em 2026.

A determinação também valerá para as transferências especiais, popularmente conhecidas como "emendas PIX" e investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida atende a um pleito de congressistas que, em ano eleitoral, querem que os valores cheguem aos seus redutos antes das disputas locais. A proposta ainda terá de ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O relator da LDO, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), afirmou que o percentual e o prazo de pagamento das emendas foram negociados com o Palácio do Planalto.
Antes do acordo, Gervásio e parlamentares defendiam que o governo fosse obrigado a quitar todas as emendas direcionadas à saúde e à assistência social até julho de 2026 — o que, na avaliação do governo, poderia levar a uma espécie de "engessamento" na execução orçamentária.

O Planalto projeta que, em 2026, haverá uma reserva de R$ 40,8 bilhões para emendas parlamentares.
Enviado junto da proposta de Orçamento ao Congresso, o montante ainda não contempla as emendas de comissão, que devem ser incluídas pelos parlamentares ao longo das negociações.
Pela Constituição, metade do total de emendas individuais, que têm o maior valor, devem ser obrigatoriamente destinadas para a saúde. Na prática, se o calendário de pagamento for sancionado por Lula, a maior fatia das indicações parlamentares será paga antes das eleições.
Fonte: G1

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