Gabriel Torres
04/12/2025 15:05 - Atualizado em 04/12/2025 18:06
O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, e seu pai Marcos Bacellar
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Reprodução
O ex-presidente da Câmara de Campos, Marcos Bacellar, se pronunciou sobre a prisão de seu filho, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), nesta quarta-feira (3). Ele demonstrou confiança na inocência do filho: "Tudo vai passar e a verdade prevalecerá!", escreveu em publicação na rede social. Bacellar foi preso pela Polícia Federal por suspeita de vazar informações da prisão do ex-deputado TH Joias. A Comissão de Constituição e Justiça da Alerj vai emitir um parecer nesta sexta-feira, que deve ser votado no início da próxima semana para manter ou revogar a prisão.
Em sua publicação nas redes sociais, Marcos Bacellar destacou também ações de Rodrigo na vida pública como a expansão do programa Segurança Presente, investimentos em segurança pública, o pacote de leis de enfrentamento ao crime, entre outras ações.
A Alerj vai decidir nos próximos dias se mantém ou revoga a prisão de Bacellar. A Procuradoria-Geral deve emitir hoje o parecer técnico que será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que, por sua vez, deve se reunir em sessão extraordinária nesta sexta-feira (05) para analisar o documento e emitir um parecer antes do tema seguir ao plenário. A análise em plenário está prevista para segunda ou terça-feira da próxima semana.
Contudo, os deputados estaduais do Rio de Janeiro ainda estão aguardando o recebimento da íntegra do processo e o conjunto total de provas, que sustentaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, pela prisão do presidente da Alerj, o deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil).
De acordo com parlamentares, a Alerj recebeu apenas um comunicado da Polícia Federal, com a decisão de Moraes pela prisão de Bacellar. Os deputados entendem que a avaliação da Casa sobre a manutenção da prisão ou não só poderá ser feita quando a Alerj receber a íntegra do processo.
"Estamos entrando em contato com o gabinete do ministro Alexandre de Moraes para entender se essa comunicação da PF é a comunicação oficial para a Casa. A lei diz que essa comunicação tem que vir com os autos do processo. Não vieram os autos. O que veio foi só a decisão", comentou o deputado Alexandre Knoploch (PL).
"A gente precisa entender se nós vamos julgar com base apenas na decisão ou se a gente vai ter acesso aos autos do processo. Esse é o questionamento atual", completou.
Opositor do governo, o deputado Flavio Serafini (Psol) também entende que a Casa deve esperar a chegada do documento na íntegra para que possa avaliar com clareza as provas apresentadas para a prisão de Bacellar.
"Evidentemente são acusações muito graves, que precisam ser provadas. Até agora a gente não teve acesso a integra do processo. O que consta na decisão, que é publica, é um teor muito menor do que já tem circulado na imprensa. Então, obviamente, uma posição final vai vir após ter todos os elementos probatórios", disse Serafini.
Presidente da CCJ da Alerj, o deputado Rodrigo Amorim (União) afirmou ao CBN Rio que o momento é de "respeito às instituições"."Não cabe ilação, análise de mérito sobre a decisão, nada. A Constituição precisa ser observada e ela diz que a palavra é dos deputados. O plenário será soberano", acrescentou Amorim.
A prisão preventiva aconteceu no âmbito da Operação Unha e Carne e foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que também determinou o afastamento de Bacellar do mandato. Segundo a PF, Bacellar é suspeito de ter vazado informações sigilosas da Operação Zargun, em que o então deputado estadual TH Joias, ligado à facção criminosa Comando Vermelho, foi preso.