
Sonho possível?
Como acreditar que um projeto por uma Rota Litorânea para a região possa sair do papel sem pensar na concretização da Ponte da Integração, cuja obra descumpre promessas sucessivas desde 2014? A pergunta é a que muitos andam se fazendo a partir da apresentação, feita em Brasília, pelo prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional durante visita na última semana. A articulação do prefeito é importante, mas precisa ganhar força ao integrar São Francisco de Itabapoana nessa Rota Litorânea, cobrando, mais do que nunca, a conclusão da ponte, cuja uma das cabeceiras está em São João da Barra.
Por onde passa
O projeto da Rota Litorânea define a reconstrução da atual estrada da orla da praia de Farol de São Tomé. A estrada entre RJ 240, no município de São João da Barra, próximo ao Complexo Portuário do Açu, e a RJ 190, em Barra do Furado, Quissamã, terá 35,48 quilômetros e prevê o desenvolvimento, especialmente, do turismo e da pesca da região litorânea de Campos e dessas cidades vizinhas. A estrada atual possui pontos com problemas, como falta de pavimentação, degradação do asfalto, afundamento de margens e erosão marinha.
Propostas
Os trabalhos propostos incluem a execução de pavimentos, remoção do pavimento danificado, ajuste da largura da estrada, elevação em trechos inundáveis, projeto de variantes, sinalização conforme o tráfego esperado, redução dos danos provocados pelo avanço do mar, entre outros. Também são ressaltadas nas justificativas para a implantação da Rota Litorânea as potencialidades de desenvolvimento da praia campista, que conta com hotéis, heliponto, restaurantes e frigoríficos de pescados, mas que esbarram em dificuldades para o avanço em função das condições precárias das estradas locais.
Alternativa à BR 101
Como argumentação para atrair o apoio do governo federal, além do desenvolvimento regional que incluiria também a construção do Terminal Pesqueiro Público de Farol-Barra do Furado, está a expectativa de que a finalização da Ponte da Integração vai viabilizar a interligação do tráfego desde São Francisco de Itabapoana até o município de Macaé, sem a necessidade de utilização da BR 101, atendendo, ainda, à crescente demanda modal do Complexo Portuário do Açu, ligando pelo litoral também o Espírito Santo, além de reduzir consideravelmente as distâncias e aumentar o poder de atração de investimentos nas diversas áreas do desenvolvimento econômico.
Prazo por água abaixo
E por falar em Ponte da Integração, mais um prazo para a sua conclusão foi por água abaixo, como mostra reportagem na página 6 desta edição, e desta vez com um peso ainda maior, já que a promessa de que ela ficaria pronta até o final deste mês veio reforçada por uma ameaça feita pelo governador Cláudio Castro (PL) de que “cabeças iriam rolar” se a obra não fosse concluída. Se terão punidos não se sabe, já que a indagação feita pela Folha à assessoria do governador se limitou a atualizar sobre o andamento da construção, colocando mais uma vez a culpa na chuva e dando um novo prazo até dezembro deste ano.
Acessos à integração
Mais do que a necessidade de ver os tabuleiros da Ponte Integração avançarem sobre o rio Paraíba do Sul, sem que fique o gosto amargo da vizinha Ponte João Figueiredo, que nunca saiu dos pilares, como um monumento ao desperdício do dinheiro público, está também a missão de fazer saírem do papel os acessos à nova construção. Estão orçadas em mais de
R$ 21 milhões as recuperações da RJ 194 — entre a cabeceira da margem esquerda do Paraíba e o trecho urbano de Campos — e a RJ 196, em um trecho de 20 km que leva a Gargaú, em São Francisco. O acesso ao município campista é apontado como primordial pelas autoridades para a conexão com o Porto do Açu.
Encontro
Campos, que já conta com o Distrito Industrial da Codin, espera com o novo acesso à ponte essa conexão para o desenvolvimento. O assunto, inclusive, foi um dos tratados pelo prefeito Wladimir Garotinho, na última segunda-feira (29), com a subsecretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Marina Esteves, que esteve em Campos. Além da reestruturação da Codin, esteve em pauta a construção de distrito empresarial, que expande a área de abrangência para segmentos ligados à promoção de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda.
“Diamante a ser lapidado”
Ao avaliar o encontro, a subsecretária Marina Esteves ressaltou que “Campos é um diamante bruto, mas um diamante fácil, muito fácil de ser lapidado”. Segundo ela, a secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços está trabalhando em torno de vários segmentos para o município, como a silvicultura, os distritos empresariais, os centros de excelência em fertilizantes e os centros tecnológicos. Esteves salientou também o bom diálogo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Mauro Silva. “É o nosso par aqui. Acredito que teremos, em breve, novidades muito boas para o município”, adiantou a subsecretária.
Como acreditar que um projeto por uma Rota Litorânea para a região possa sair do papel sem pensar na concretização da Ponte da Integração, cuja obra descumpre promessas sucessivas desde 2014? A pergunta é a que muitos andam se fazendo a partir da apresentação, feita em Brasília, pelo prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional durante visita na última semana. A articulação do prefeito é importante, mas precisa ganhar força ao integrar São Francisco de Itabapoana nessa Rota Litorânea, cobrando, mais do que nunca, a conclusão da ponte, cuja uma das cabeceiras está em São João da Barra.
Por onde passa
O projeto da Rota Litorânea define a reconstrução da atual estrada da orla da praia de Farol de São Tomé. A estrada entre RJ 240, no município de São João da Barra, próximo ao Complexo Portuário do Açu, e a RJ 190, em Barra do Furado, Quissamã, terá 35,48 quilômetros e prevê o desenvolvimento, especialmente, do turismo e da pesca da região litorânea de Campos e dessas cidades vizinhas. A estrada atual possui pontos com problemas, como falta de pavimentação, degradação do asfalto, afundamento de margens e erosão marinha.
Propostas
Os trabalhos propostos incluem a execução de pavimentos, remoção do pavimento danificado, ajuste da largura da estrada, elevação em trechos inundáveis, projeto de variantes, sinalização conforme o tráfego esperado, redução dos danos provocados pelo avanço do mar, entre outros. Também são ressaltadas nas justificativas para a implantação da Rota Litorânea as potencialidades de desenvolvimento da praia campista, que conta com hotéis, heliponto, restaurantes e frigoríficos de pescados, mas que esbarram em dificuldades para o avanço em função das condições precárias das estradas locais.
Alternativa à BR 101
Como argumentação para atrair o apoio do governo federal, além do desenvolvimento regional que incluiria também a construção do Terminal Pesqueiro Público de Farol-Barra do Furado, está a expectativa de que a finalização da Ponte da Integração vai viabilizar a interligação do tráfego desde São Francisco de Itabapoana até o município de Macaé, sem a necessidade de utilização da BR 101, atendendo, ainda, à crescente demanda modal do Complexo Portuário do Açu, ligando pelo litoral também o Espírito Santo, além de reduzir consideravelmente as distâncias e aumentar o poder de atração de investimentos nas diversas áreas do desenvolvimento econômico.
Prazo por água abaixo
E por falar em Ponte da Integração, mais um prazo para a sua conclusão foi por água abaixo, como mostra reportagem na página 6 desta edição, e desta vez com um peso ainda maior, já que a promessa de que ela ficaria pronta até o final deste mês veio reforçada por uma ameaça feita pelo governador Cláudio Castro (PL) de que “cabeças iriam rolar” se a obra não fosse concluída. Se terão punidos não se sabe, já que a indagação feita pela Folha à assessoria do governador se limitou a atualizar sobre o andamento da construção, colocando mais uma vez a culpa na chuva e dando um novo prazo até dezembro deste ano.
Acessos à integração
Mais do que a necessidade de ver os tabuleiros da Ponte Integração avançarem sobre o rio Paraíba do Sul, sem que fique o gosto amargo da vizinha Ponte João Figueiredo, que nunca saiu dos pilares, como um monumento ao desperdício do dinheiro público, está também a missão de fazer saírem do papel os acessos à nova construção. Estão orçadas em mais de
R$ 21 milhões as recuperações da RJ 194 — entre a cabeceira da margem esquerda do Paraíba e o trecho urbano de Campos — e a RJ 196, em um trecho de 20 km que leva a Gargaú, em São Francisco. O acesso ao município campista é apontado como primordial pelas autoridades para a conexão com o Porto do Açu.
Encontro
Campos, que já conta com o Distrito Industrial da Codin, espera com o novo acesso à ponte essa conexão para o desenvolvimento. O assunto, inclusive, foi um dos tratados pelo prefeito Wladimir Garotinho, na última segunda-feira (29), com a subsecretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Marina Esteves, que esteve em Campos. Além da reestruturação da Codin, esteve em pauta a construção de distrito empresarial, que expande a área de abrangência para segmentos ligados à promoção de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda.
“Diamante a ser lapidado”
Ao avaliar o encontro, a subsecretária Marina Esteves ressaltou que “Campos é um diamante bruto, mas um diamante fácil, muito fácil de ser lapidado”. Segundo ela, a secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços está trabalhando em torno de vários segmentos para o município, como a silvicultura, os distritos empresariais, os centros de excelência em fertilizantes e os centros tecnológicos. Esteves salientou também o bom diálogo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Mauro Silva. “É o nosso par aqui. Acredito que teremos, em breve, novidades muito boas para o município”, adiantou a subsecretária.