O Movimento Negritude Plena, de Campos, celebrou o Natal Afro-Brasileiro na segunda-feira (22). O evento, que foi realizado no espaço Cultural3meia8, celebrou a ancestralidade, resistência e a beleza preta, em uma noite de emoção e exaltação da cultura, história, música, teatro e gastronomia, com resgate de raízes.
"Nada melhor do que resgatar nossas raízes e encerrar o ano com essa noite para honrar quem veio antes e fortalecer quem caminha agora. Idealizamos esse Natal para desmistificar todos os padrões eurocentrados que estão enraizados em nossa história", destaca a organizadora do Natal Afro, Alba Valéria.
Divulgação/Foto: César Heitor
Uma noite de boa música, esquete com texto de Paulo Victor Santana e atuação da atriz Samyla Jabor, além de atrizes infantis que roubaram a cena pela beleza, empoderamento e atuação.
A lista de homenageados no evento também foi grande: Jô Monteiro, representante do Quilombo de Custodópolis, os jornalistas Claudia Eleonora, AlfredoSoares e Dora Paes, a diretora do Teatro de Bolso, Neusinha da Hora, a artesã Rosângela Nascimento, o pesquisador de Cultura, Marcelo Sampaio, foram alguns.
Cláudia Eleonora disse do "prazer de ser negro, sim". Por sua vez, Jô Monteiro lembrou de ser a primeira negra em Campos a trabalhar em um banco com 15 anos e que chegou ao cargo de gerente. "Minha bisavó foi escrava, roubada em Angola e trazida para o Brasil. Quando minha bisa poderia imaginar que seus decentes, apesar de tantas lutas, vencemos algumas batalhas", ressaltou, destacando o orgulho de ter uma sobrinha médica e uma miss Brasil, que estará representando o país em 2026 fora do país.