Filme 'Vermelho': um olhar sobre a violência de gênero em 2025
Dora Paula Paes 24/12/2025 09:44 - Atualizado em 24/12/2025 09:44
Divulgação
O filme “Vermelho”, da campista Graziela dos Anjos e Izebelly Moraes, marcou a reta final do ano de 2025 em Campos, com um olhar sobre violência de gênero. Além da estreia do longa-metragem no Teatro Municipal Trianon, em novembro, o filme teve uma pré-estreia, um dia antes, no Presídio Feminino Nilza da Silva Santos e fechou dezembro com exibição, com audiodescrição no Educandário São José do Operário. A obra mistura dramaturgia e realidade, revelando histórias de mulheres que enfrentaram diferentes formas de violência.
Graziela disse que a escolha da data da estreia, em 26 de novembro, foi intencional. “A escolha da data teve um significado especial: marcou a continuidade da campanha dos 21 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, iniciada em 25 de novembro, reforçando o compromisso do evento com a pauta da defesa dos direitos das mulheres”, ressalta ela que espera seguir mostrando a produção em 2026.
Com 48 minutos de duração, produzido por meio da Lei Paulo Gustavo de 2023 e contemplado pelo Fundo de Cultura de Campos, o filme aborda temáticas sociais relevantes e foi todo elaborado através de ações ativistas concretas, como um ato nas escadarias da Câmara Municipal de Campos, a criação do Memorial “Lírios da Paz”, na da Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (parceira no projeto), além lembranças dolorosas do caso de assassinato de uma mulher, real, que era mãe, filha, em tempos distantes na Baixada Campista.
Divulgação

Uma exposição fotográfica imersiva, com fotos do processo de gravação, produção e filmagens do filme, retiradas durante as filmagens, com crédito de Isa Nocci também foi uma experiência sensorial e temática antes da exibição do filme, no Trianon. Assim como, a performance da música “Vermelho” interpretada por Yasmin Lifer e acompanhada pelo violonista Gabriel, além da performance dos vestidos vermelhos que encerrou o momento artístico. Vale ressaltar a direção de arte e participação textual de Juliana Abreu e o trabalho da atriz Samyla Jabor, na obra.
Divulgação
No dia 10 de dezembro, o filme foi apresentado na versão audiodescrição no Educandário São José do Operário, instituição que trabalha com pessoas com deficiência visual, ampliando o alcance do filme e garantindo acessibilidade para todos os públicos. Após a sessão, ocorreu uma roda de conversa dirigida por Graziela e Gabrielle Monteiro Assed, produtora de acessibilidade do filme, além da aplicação de um questionário sobre o filme. O objeto foi permitir reflexões, trocas de experiências e registro de percepções do público.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS