Dora Paula Paes
21/12/2025 11:45 - Atualizado em 21/12/2025 11:45
Divulgação
O escritor e ativista Bruno Black passou a tarde de sábado (20) entre brincadeiras e contação de história para as crianças da comunidade Tapera 3, em Campos, na confraternização de Natal da Casa de Cultural que recebeu seu nome. Bruno é considerado um dos artistas mais produtivos dos últimos 10 anos na cena carioca e no Brasil.Com trabalho nas periferias do Rio de Janeiro, Bruno se tornou exemplo para a escritora campista Cris Lemos, que cuida do projeto.
Uma de suas obras literárias, “Tarja Preta” fala sobre saúde mental e se tornou um best seller. Ele também atuou como apresentador dos Programas “Xexelento da Peri” e “Tô Com Bruno Black”. Seu livro infantil – homenageando seu cachorro, Euclides – é um sucesso de venda.
"Que emoção. Elas (as crianças) me ouviram, teve bate papo, contação de história do meu livro 'Euclides e o caroço manga" e sarau. A gente precisa entender a importância da Casa de Cultura Bruno Black, que é isso, promover a cultura, promover a arte, fazer com que a arte literária possa estar cada vez mais próxima dessas crianças. A Casa de Cultura é o segundo lar delas. Que a cultura em Campos dos Goytacazes continue tendo como referência na Tapera 3 a Casa de Cultura Bruno Black, cuidada com todo afeto pelas mãos de Cristiele e seus lindos voluntários. Um lugar que já está pronto. Só falta melhorar a infraestrutura, um olhar maior do poder público e até do poder privado. Estou muito emocionado", falou o escritor Bruno Black.
De acordo com Cris Lemos, a confraternização de Natal da Casa de Cultura Bruno Black foi mais do que um momento de celebração. Ela simboliza a consolidação de um projeto sociocultural construído coletivamente na Tapera 3, a partir do afeto, da escuta e do compromisso com o território. "Tivemos a participação ativa das crianças, de alguns familiares e do nosso padrinho, o artista Bruno Black, com sarau, contação de histórias e atividades que reafirmam o direito à cultura", disse.
Em apenas 14 meses de atuação, a Casa já desenvolveu ações que impactaram diretamente a comunidade, como cursos de qualificação para jovens e adolescentes, alfabetização de crianças fora da idade escolar, oficinas culturais, aulas de inglês e iniciativas voltadas à autonomia financeira de mulheres, como o curso de trança nagô.
"O evento também marcou o encerramento de um ciclo e reforçou que, mesmo em territórios historicamente esquecidos, é possível transformar realidades quando há trabalho sério, união comunitária e amor. Seguimos com a expectativa de ampliar ainda mais essas ações em 2026, fortalecendo a cultura como ferramenta real de transformação social", finaliza a escritora.