Morre a carnavalesca Maria Augusta, de São João da Barra
11/07/2025 16:10 - Atualizado em 11/07/2025 16:48
Maria Augusta morreu nesta sexta-feira (11)
Maria Augusta morreu nesta sexta-feira (11) / Foto: Reprodução
A carnavalesca e comentarista Maria Augusta, de São João da Barra, morreu nesta sexta-feira (11), aos 83 anos, de falência múltipla de órgãos. Ela fazia tratamento contra um câncer e estava internada desde junho no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Um grande número de escolas, do Carnaval do Rio, destaca a importância da artista e sua contribuição ao Carnaval Carioca. Em Campos, a Aboipic lamenta profundamente o falecimento da carnavalesca.
"Maria Augusta é uma das mais importantes referências do nosso Carnaval e uma das maiores conhecedoras da historia dos Bois Pintadinhos. Em sinal de respeito e reconhecimento à sua imensa contribuição para a cultura popular, a ABOIPIC decreta luto oficial de três dias, suspendendo quaisquer atividades festivas vinculadas ao calendário oficial da entidade nesse período. O brilho de Maria Augusta jamais se apagará. Que seu tamborim agora ecoe no céu e que sua estrela continue iluminando os caminhos do nosso Carnaval", diz em nota Marciano da Hora, presidente da Associação de Bois Pintadinhos de Campos dos Goytacazes. 
Em 1968, Maria Augusta Rodrigues passou a integrar o grupo que preparava os desfiles do Salgueiro sob a supervisão de Fernando Pamplona, destacando-se no icônico desfile de 1971 com o enredo “Festa para um Rei Negro”.
A artista também deixou sua marca nos carnavais da União da Ilha do Governador, como “Domingo” (1977), onde foi pioneira no uso de todas as cores em um desfile de Escola de Samba. Ela também teve passagens por Tradição, Paraíso do Tuiuti e Beija-Flor de Nilópolis.
Atualmente, ela era jurada do troféu Estandarte de Ouro. Maria Augusta era também professora de Artes aposentada da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Já em seu último carnaval, ela foi homenageada na Sapucaí pela escola de samba mirim Aprendizes do Salgueiro.

Homenagens - O Salgueiro emitiu uma nota dizendo estar com o "coração em luto, mas repleto de gratidão".

"Maria Augusta não foi apenas uma artista genial. Ela foi uma revolução inteira. Esteve ao lado de nomes como Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta e Rosa Magalhães no momento mais audacioso e criativo da nossa história", afirma a escola de samba.

A Unidos da Tijuca, a Mocidade Independente de Padre Miguel, a Unidos de Padre Miguel e a Imperatriz Leopoldinense também emitiram notas de pesar e ressaltaram a enorme importância de Maria Augusta para a história do carnaval. Ela era também madrinha da Sinfônica do Samba, da Império Serrano.

"A relação entre Maria Augusta e o Império Serrano remonta à década de 1980, quando ela passou a ocupar o posto de madrinha da nossa comissão de frente e da bateria. Sempre presente nos ensaios, eventos e desfiles, tornou-se uma figura querida e marcante, símbolo de carinho e respeito à frente dos nossos ritmistas", afirma a agremiação.

Com informações do G1
 

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