RPG no Museu Histórico inova ao integrar icônicos personagens de Campos
No último sábado (5), aconteceu um dos maiores encontros de RPG do Interior do Estado do Rio de Janeiro no Museu Histórico de Campos. O evento foi realizado pelo Coletivo Cocar, integrando ao formato do jogo histórias das noites Campistas na Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes, com personagens como Benta Pereira, Mariana Barreto e o Visconde de Asseca, os indígenas Goitacás, a lenda do Ururau da Lapa e o crime célebre da Rua das Cabeças. Outros jogos foram abordados como "Aventuras na Era Hiboriana", "Contos da Madrugada", "GURPS", "Ordem Paranormal" e "Vampiros: A Máscara".
Role-playing game, também conhecido como RPG, é um tipo de jogo em que os jogadores assumem papéis de personagens e criam narrativas colaborativamente. O progresso de um jogo se dá de acordo com um sistema de regras predeterminado, dentro das quais os jogadores podem improvisar livremente.
"Não foi a primeira vez narrando uma sessão de RPG com temática regional, contudo usar a lenda do Ururau foi uma história desenvolvida exclusivamente para o Encontro de 13 anos do Museu.
Pesquisar a lenda foi algo que demandou uma dedicação exclusiva visitando o Museu, vendo o grafite na XV de Novembro e pesquisando na internet. O sistema de RPG escolhido foi o Contos da Madrugada, que sou co-autor. A experiência narrando foi única, pois além do Ururau da Lapa, outra lenda local mencionada foi a Loira da Curva que deu o anúncio do que estava por vir. Ver a atenção dos jogadores ao tentar entender o mistério que estava acontecendo e ver como essa lenda local ganhou uma roupagem sinistra para este jogo de RPG foi incrível", explicou Igor Nogueira, um dos responsáveis pelo evento e Mestre RPG.
Pesquisar a lenda foi algo que demandou uma dedicação exclusiva visitando o Museu, vendo o grafite na XV de Novembro e pesquisando na internet. O sistema de RPG escolhido foi o Contos da Madrugada, que sou co-autor. A experiência narrando foi única, pois além do Ururau da Lapa, outra lenda local mencionada foi a Loira da Curva que deu o anúncio do que estava por vir. Ver a atenção dos jogadores ao tentar entender o mistério que estava acontecendo e ver como essa lenda local ganhou uma roupagem sinistra para este jogo de RPG foi incrível", explicou Igor Nogueira, um dos responsáveis pelo evento e Mestre RPG.
O Mestre de RPG do Cocar Campos, Marcos Gabriel, falou sobre a experiência no evento.
"A experiência foi ótima, como campista quanto mais eu pesquisava sobre os mistérios do passado da cidade pra criar a trama, mais eu percebia o quanto eu mesmo conheço pouco sobre Campos. Trazer isso aos outros jogadores foi a parte mais imprevisível - e satisfatória - da mesa. Criar uma nova lenda urbana pra cidade foi também descobrir que cada campista já carrega uma lente própria sobre os lugares e eventos banhada na cultura da cidade, e uma história em conjunto se torna um choque de imaginários enriquecedor na cultura local", explanou Marcos.
"Narrar as sessões de Noites Campistas e poder jogar essas histórias fantásticas tendo a nossa cidade como cenário é poder lançar um outro olhar para ela, é poder se afastar um pouco do que nos é mais naturalizado e cotidiano e nos permitir ter algum estranhamento. Os jogos são imersivos e abrem possibilidade de refletir sobre o que está ao nosso redor, sobre os lugares aos quais passamos todos os dias e nem percebemos mais, sobre a história local que muitos desconhecem. É poder olhar para a cidade e ver o que já não vemos, tudo isso com doses de diversão e fantasia", ressaltou Gabriel Passos - Um dos fundadores Cocar Campos.
"É sempre um privilégio receber o Coletivo Cocar Campos em nosso Museu, ainda mais com este presente de aniversário unindo a história e a cultura de nossa região com os jogos de RPG, foi um projeto piloto que deu certo e esperamos outras edições temáticas nos próximos encontros. O Museu Histórico estará sempre de portas abertas a parcerias como esta, que torna o Museu mais perto das pessoas despertando o interesse pela nossa história", finalizou o coordenador do Núcleo de Pesquisa Cênica do Museu de Campos, Guilherme Freytas.