Bolsonaro e generais condenados e presos
Gabril Torres 31/12/2025 10:55 - Atualizado em 31/12/2025 10:56
Jair Bolsonaro, Almir Garnier, Agusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira
Jair Bolsonaro, Almir Garnier, Agusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira / STF
As investigações envolvendo a tentativa de golpe de Estado em 2022 culminaram na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e militares de alto escalão. Sentenciado a 27 anos e três meses de prisão, ele iniciou o cumprimento da pena em regime fechado em novembro, na carceragem da Polícia Federal, em Brasília.
Após o indiciamento pela Polícia Federal no final de 2024, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia por unanimidade e tornou Bolsonaro réu. Durante o primeiro semestre, o STF coletou provas e ouviu testemunhas, incluindo o depoimento do Tenente-Coronel Mauro Cid, que confirmou detalhes da “Minuta do Golpe” e reuniões no Palácio da Alvorada.
A atuação do ministro Alexandre de Moraes como relator foi criticada pela defesa de Bolsonaro e por juristas por ele ser um dos alvos diretos dos planos de monitoramento e assassinato. Segundo o Código de Processo Penal, um juiz não pode julgar um caso em que ele próprio é a vítima.
O julgamento aconteceu em setembro e os votos foram proferidos entre os dias 9 e 1, com o placar de 4 a 1 pela condenação. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram pela condenação e a única divergência foi de Luiz Fux. Bolsonaro começou a cumprir pena em regime fechado no dia 22 de novembro após uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica e no dia 25 foi declarado o trânsito em julgado do processo após rejeitar os últimos recursos da defesa.
Ao todo 23 militares foram condenados, com destaque para os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além do almirante Almir Garnir e de Mauro Cid.

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