Lançamento do livro pelos pesquisadores ao dr Auner Carneiro abrindo a boca para Marco Barcelos
13/11/2025 | 12h12
Professor Auner Pereira Carneiro
Professor Auner Pereira Carneiro / Divulgação
O livro Direito Cientificidade Tecnologia e Inovação Tecnológica e Inovação em homenagem ao dr Auner Pereira Carneiro será lançado às 14h no auditório do CCH na Uenf, nesta quinta dia 13, às 14horas.
Entrevista: 1- Auner Carneiro, este Livro que será lançado pelo grupo de pesquisa institucional criado pelo senhor, como é a sensação desta tamanha homenagem?
Minha gratidão a vocês pela bondade e amizade reconstruída neste ambiente de lutas e esperanças.
Uma bondosa surpresa nestes 60 anos de magistério. O grupo foi inspiração de um desafio da coordenação e da oportunidade do maior projeto de curso jurídico em stricto sensu para a qualificação de magistrados, liderados pela gestão visionária da Faculdade de direito de Campos em 1999. Em função de mudanças institucionais, no contexto desse investimento e abrangência do foco de trabalho científico, recebemos o apoio da Uenf, por meio da liderança da Profa. Nilza Franco e do Prof. Dylmar, de gestores do CCH e da gestão da Instituição para o desenvolvimento de cursos e treinamentos em pesquisas junto à Incubadora de Empreendimentos Populares – ITEP. Assim, com voluntariado no foco especifico do GPIDMR e na política de popularização da ciência, foram implantados cursos de extensão para o desenvolvimento de inteligências cientificas e inclusão das comunidades e associações ou movimentos populares em economia harmônica e solidária.
Agradecemos a todas as gestões da UENF de 2000 a 2025.

2- Nesses anos de atuação do grupo: GPIDMR -O Grupo de Pesquisa Interinstitucional de Desenvolvimento Municipal- Regional, qual foi a abrangência dos trabalhos publicados. Cite alguns marcantes na sua visão?
O GPIDMR por meio dos pesquisadores e pesquisadoras, proporcionaram, como voluntários (as), trabalhos publicados durante o período2000 a 2025, diversos estudos e participações em eventos nacionais e internacionais. Os trabalhos publicados em eventos internacionais, tais como na Colômbia, na Argentina, em Portugal, no mundo árabe, na região da Ásia e na região norte noroeste fluminense, destacam livros, capítulos de livros, resumos, artigos e projetos de pesquisa apresentados em eventos nacionais. Temos pesquisadores que dos estudos realizados implantaram e proporcionam cursos de apoio a jovens hipossuficientes em Campos dos Goytacazes -RJ como preparatório para os vestibulares, entre outros significativos. Além dos treinamentos dos pesquisadores para apoio epistemológico e metodológico, os treinamentos permitem a participação em concursos de projetos de pesquisa, extensão e responsabilidade institucional-ambiental, editais de qualificação desde a graduação, mestrado, doutorado e ao pós-doc.

3- Auner Carneiro, muito se fala de inteligência artificial e aquecimento global, existem pesquisas em curso que possam impactar a sociedade?
Sim. Não deve ser confundido um “aplicativo cibernético de buscas ao acervo de literatura disponível” com inteligência. Todos os artefatos humanos são frutos da inteligência e inspiração humana e social. Deve-se refletir melhor, o clima e aquecimento global social de insatisfações e indignações dos problemas históricos não resolvidos é maior doque qualquer outro fenômeno e a bolha social nuclear pode explodir e ficar sem controle.

4-Auner Carneiro, nos cursos de mestrado e doutorado que orienta, inclusive me auxiliou, e bancas que participa como vê o empenho e vontade de crescer dos jovens na atualidade?
Exponencial. Helicoidal. Faltam investimentos em laboratórios de desenvolvimento de inteligências científicas. Toda a nomenclatura e discursos de modernização, quer seja no mercado, nas organizações ou no Estado, principalmente nas políticas de educação e escolaridade estão equivocados e é essa uma das disrupções enfrentadas pelas gerações que convivem em um momento da transistória. Não sabem sobre o futurível e que são consoladas pelas mídias ao preferir o acalento das ideologias como padrão de decisões ainda mais equivocadas. Não é difícil ampliar a relativa escassez. É mais fácil uma gestão tecnicista mecanicista taylorista para reduzir custos no medo de perder a lucratividade e agora com a novidade digital. O mundo sempre esteve aberto. As comunidades são profícuas e com mãos que ajudam, no entanto temos muitas cabeças que não.
5- Os pesquisadores são de onde e quem quiser participar, quais são os quesitos e como participar?
Os pesquisadores e pesquisadoras, são voluntários de diferentes instituições universitárias regionais e nacionais, com níveis de lato e stricto sensu, de diversas ciências, o que possibilita o diálogo permanente de interatividade e conectividade com as mais diversas tendências e mentalidades no foco dos objetos escolhidos para as investigações na cientificidade. O GPIDMR propõe aos participantes dois encontros anuais para avaliação e planejamento estratégico. Nesses momentos, uma das instituições parceiras, acolhe as exposições ou mostras dos trabalhos produzidos no semestre. Momento de apresentações e renovações de saberes e sabores. Para integrar o GPIDMR, o candidato deve ser apresentado por um pesquisador, vinculado ao grupo e ele será integrado, por meio da apresentação e avaliação de um projeto de pesquisa ou extensão do seu interesse. Deverá comunicar em sessão devidamente agendada, o seu plano de trabalho ao colegiado do Grupo. É imprescindível ter o perfil profissional qualificado com publicações nas plataformas do CNPq, Brasil e se for o caso, com projeto aprovado em Comitê de ética institucional além de participar ativamente do processo de produtividade textual científica do GPIDMR. Peço licença para lembrar de dois momentos inspiradores Lembro de duas mensagens que para alguns são lendas ou narrativas convencionais, mas são próprias para tantas incompreensões: Uma, é atribuída neste momento de reflexão em que recebo esta lembrança dos queridos pesquisadores, quero lembrar de um pensamento do Imperador Marcus Aurelius Antoninus Augustus em Meditações, 161 d. C, “Não posso modificar as coisas e nem os acontecimentos, mas posso alterar a luz sob a qual oscontemplo"0 outro pensamento é o que foi narrado pelo historiador Heródoto sobre a Batalha das Termófilas (480 a.C.),conta que um soldado grego (espartano) comentou que as flechas persas seriam tão numerosas que cobririam a luz do Sol. A resposta lendária do rei espartano Leônidas a essa observação foi: "Tanto melhor, combateremos à sombra"
Que seja o direito, à educação da liberdade!
Agradeço sua dedicação à cientificidade.
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Oportunidade e mudanças positivas na sociedade para os jovens com o presidente da JCI Glauter Notenos, abrindo a boca para Marco Barcelos.
20/02/2025 | 13h55
 
Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025
Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025 / JCI
1-Presidente Glauter, a JCI a antiga câmara Júnior desde a fundação na década de 60 impactou a sociedade campista com a fundação da CDL e APÕE. Qual seu planejamento de realizações para sua gestão em 2025?

R. Ótima pergunta! A JCI Campos vem atravessando momentos difíceis, financeiramente e também de algumas péssimas gestões anteriores ao ano de 2022. Acredito que devemos manter essa crescente, focando em projetos que possam desenvolver nossos jovens a se tornarem líderes capacitados para manter a JCI em seu lugar de destaque na sociedade Campista e para isso, devemos focar em realizar treinamentos, cursos, palestras e etc, para conseguirmos chegar ao objetivo. Além disso, devemos manter a tradição da JCI em promover mudanças positivas em nossa sociedade, visando promover o bem comum e por isso, realizaremos diversas campanhas para a conscientizações importantes como a de Doação de sangue e Carnaval sim, violência não, que serão realizadas no dia 22/02/2025, no portal da praia do Farol de São Thomé, a partir das 8:30 hrs
Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025
Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025

2-A câmara junior foi fundada no Rio de Janeiro na década de 50 e atualmente está centralizada no sul do país com dezenas de organizações locais. Você acredita que é uma questão cultural e pequenas cidades desenvolvidas uma do lado da outra que querem crescer cada vez mais com os jovens imbuídos neste propósito?

R. Acredito que a região Sul acabou profissionalizando bastante os trabalhos da JCI a nível nacional e também focou muito em trabalhar não só a parte social da Organização, mas também a parte de desenvolvimento pessoal dos seus membros e também da área de negócios. A questão do Sul também vem de encontro com o tamanho das cidades que não oferecem muitos entretenimentos para seus jovens, o que facilita na participação dos mesmos em movimentos como os da JCI. Os jovens de hoje em dia querem algo que seja atrativo para sua vida pessoal e profissional, isso é um grande desafio para nós, balancear a os 4 eixos da JCI e torna-la mais atrativa para a nossa juventude.

Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025
Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025 / JCI


3-Presidente Glauter, a JCI está em mais de 120 países e os jovens tem oportunidade de fazer intercâmbio em convenções e cursos. De forma que isso acontece e de que forma projetos locais podem chegar a nível mundial? Por exemplo Marcus Paes e Nandinho participaram da academia de liderança no Japão e Garotinho ganhou o prêmio toyp na JCI e concorreu no mundial.

R. Existem diversos eventos a nível nacional e internacional e todos os jovens que passam pela JCI estão aptos para participar. Um exemplo bem claro está nos concursos de debates, em que existem várias etapas, dentre elas a etapa mundial. Estamos falando de uma organização a nível mundial e como o Companheiro bem citou, já tivemos diversos exemplos de Companheiros nossos que são cases de sucesso a nível internacional representando nossa OL. Essas oportunidades trazem diversos benefícios, dentre os mais importantes eu cito a possibilidade de se fazer network, enfim, são infinitas as oportunidades.

Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025
Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025 / JCI


4-Onde e como conhecer a JCI e quais são os pré-requisitos para conhecer e se tornar membro desta que é a maior organização mundial na formação de líderes?

R. Cada cidade tem sua Organização local, infelizmente hoje no Sudeste só temos duas que são a de Campos dos Goytacazes e JCI Brasil-Japão em São Paulo. O membro que deseja participar terá que assistir três reuniões consecutivas ou cinco reuniões intercaladas, na sede da nossa OL (Edifício Pioneiro, 7º andar, geralmente às 19 horas). Após ser distintivado, o membro terá que cumprir todas as regras contidas em nosso estatuto e manual de normas.

5-Presidente Glauter, a que levou a fazer parte da JCI e com sua história de vida? Como motivar os jovens para seu crescimento individual?

Todo jovem que buscar fazer parte da JCI tem que saber que essa é uma casa de oportunidades e de desenvolvimento pessoal e profissional. Foi exatamente esse o intuito que me fez estar aqui hoje e também pela oportunidade de promover mudanças positivas na sociedade. Eu nunca pensei em ser apenas mais um dentro da sociedade, queria ser diferente dos demais e na JCI encontrei essa oportunidade de ser lembrado por toda a posteridade. Por fim, termino dizendo que a JCI não é para qualquer um, a JCI é para quem quer, é para quem acredita, afinal de contas, quem diria que um jovem humilde como eu estaria com status de presidente hoje? Obrigado pela entrevista meu amigo e Senador Marco Barcelos.
Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025
Posse da nova diretoria da JCI Campos 2025 / JCI
    
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Um novo olhar no Projeto Cidadania com Silvia Elizabete abrindo a boca para Marco Barcelos
02/12/2023 | 09h51
Divulgação
“NOVO OLHAR em CAMPOS”
Data: 06/12/2023
Hora: 08:00h às 17:00h
Local: CEAM Mercedes Batista - Rua dos Goytacazes 257 Centro
Esse evento nasceu do Projeto Cidadania, Mobilidade, Acessibilidade e Inclusão ao Deficiente Visual da Retina Campos apresentado a Subsecretária Municipal de Políticas para Mulheres - Josiane Lima Borges Viana que abraçou a causa e deu toda a assessoria para realização.
Entre outros objetivos desse projeto temos:
• Buscar melhoria na condição de vida das pessoas com deficiência que, como todos cidadãos, precisam ter franqueado o acesso aos diversos espaços da cidade.
• Conscientizar a população quanto a necessidade de visitas periódicas ao oftalmologista;
• Alertar pais, alunos e professores o reconhecimento de uma dificuldade visual conscientizando sobre a convivência com a cegueira e a baixa visão;
• Ofertar consultas, exames gratuitos aos participantes.
A programação consta de ciclo de palestras sobre oftalmologia, inclusão, acessibilidade e direitos da pessoa com deficiência. Ação social com atendimento oftalmológico, jurídico, aquisição de documentos (RG, Carteira de Identidade PcD, Passe Livre Municipal, Passa Livre Intermunicipal, Passe Livre Interestadual) e doação de bengala para deficiente visual.
A realização do “NOVO OLHAR em CAMPOS” é da Associação de Retinopatia Norte Fluminense/Retina Campos e Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres – CEAM com participacao e apoio da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes e Secretaria Municipal de Saúde.
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Comemoração dos doze anos de renascimento e provações
22/08/2023 | 23h48
Agradeço a Deus a oportunidade de poder estar dando este depoimento após doze anos de uma cirurgia de vesícula, fiquei com sequelas irreversíveis na fala e visão. Nestes anos fui me adaptando pois era tudo novo, como hoje posso digitar esta matéria onde aprendi no maravilhoso Educandario São José Operário que indico para quem perdeu a visão. Aprendi que Deus dá o fardo conforme a nossa capacidade de suportar e também sem fé não somos nada.
Em agosto de 2020 pedi ajuda a um rapaz para atravessar as duas pistas na avenida Nilo Pessanha pois iria para academia, ele ajudou atravessar uma das pistas e falou pode ir o restante sozinho e quando atravessei a segunda pista, um carro que nem freou me atropelou fraturando costelas e as duas mãos, sofrendo cortes no rosto. Ao tentar entender o porque do rapaz ter me ajudado daquele jeito, descobri que era altista, então mais uma vez Deus teve misericórdia de mim preservando minha vida.
Um outro caso, ocorreu com um grande amigo de Faculdade onde antes do ocorrido fazia cirurgia de implantes em seu consultório em Guarapari, me convidou para passar uns dias em seu sítio, e em uma linda manhã fomos passear de barco, estávamos nos divertindo quando chegou um amigo de jetski, daí Gustavo me convidou para dar uma volta, fomos e em um dado momento caímos a mais de um km da praia, eu não conseguia subir no jet ski, foi um sufoco, foi quando em um momento Deus enviou um anjo que apareceu do nada , numa prancha de stand up que me rebocou até a praia dos padres, nunca deixei de rezar para meu anjo da guarda.
No dia da última eleição antes de votar fui dar água ao meu bode de estimação e como minha visão é turva não vi os chifres se aproximando furando meu olho direito levando muitos pontos e consequentemente perdendo a pouca visão que tinha deste olho, graças a Deus poderia ser pior se fosse mais profundo.
Dia 22 de agosto meu aniversário de renascimento agradeçendo ao Pai Celestial pela vida, provações, sonhos e conquistas a serem alcançadas!!!
“Liberdade para voar superando obstáculos! O céu é o limite para quem tem fé"
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Saudades eternas do jovem amigo Ícaro Barbosa
20/05/2023 | 09h42
Na quinta passada, recebi um áudio dizendo: "Tio Marquinho, estou passando para desejar parabéns, saúde e tudo de bom para quem a gente gosta". Este era Ícaro, sempre muito carinhoso. Fiquei emocionado. Um jovem talentoso e com uma cultura invejável e um futuro brilhante, que quis o destino interromper precocemente. Dencanse em paz, jovem amigo, Ícaro Barbosa.
Na foto, estávamos conversando sobre seu novo desafio na direção do jornal, e ele, com segurança e tranquilidade, falava sobre suas novas ideias, com seu pai orgulhoso, que ponderava.
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O sol nasceu mais um uma vez na Sapucaí para o arquiteto campista Rodrigo abrindo aboca para Marco Barcelos
13/03/2023 | 17h45
 
  • Ton no camarote Folia Tropical

    Ton no camarote Folia Tropical

  • Artes visuais de Del Nunes

    Artes visuais de Del Nunes

  • Com arte visual de Del Nunes / Igor Mota

    Com arte visual de Del Nunes / Igor Mota

  • Na entrada do Folia Tropical / Igor Mota

    Na entrada do Folia Tropical / Igor Mota

  • Exibindo alguns dos móveis / Igor Mota

    Exibindo alguns dos móveis / Igor Mota

O arquiteto Rodrigo Dinelli no Projeto do Folia Tropical, o Camarote Mais Inclusivo da Sapucaí
Na fachada do Camarote Folia Tropical
Na fachada do Camarote Folia Tropical / Divulgação - Igor Mota
Rodrigo Dinelli, conte mais sobre a temática do sol que você desenvolveu este ano no seu projeto de arquitetura do camarote Folia Tropical e nos diga há quanto tempo faz esse trabalho na Sapucaí.
“Estou desde 2013 como arquiteto do camarote Folia Tropical e sou fiel a ele! Uma vez Folia, sempre Tropical! Este é o 11º ano fazendo esse trabalho com muito orgulho e, neste ano, o tema foi: “O sol vai brilhar mais uma vez”. Mas, por que o sol? O sol simboliza o nascimento, a luz e a esperança, que todos nós brasileiros temos de um país melhor. Com isso, criei uma grande bandeira do Brasil desconstruída de 35 metros de largura por 11 metros de altura, que constitui a fachada do camarote. As extremidades, com os jardins verticais, representam as nossas florestas; a parte inferior, com a grande cortina d’água de fundo azul, representa os nossos rios e oceanos; e o centro, com o círculo de 18 metros de diâmetro, representa o nosso grande sol da esperança! Nos interiores do camarote, continuei explorando muita vegetação, mas, desta vez, com a pontuação das flores do girassol, que trouxeram um amarelo vibrante na decoração”.
Fachada do Folia Tropical
Fachada do Folia Tropical / Reprodução
A cada ano você desenvolve um tema diferente. Como você faz para solucionar o problema de tantos materiais construtivos e elementos decorativos descartados.
“Muito pelo contrário… Nada é descartado! Sempre me preocupei em fazer um projeto sustentável na Sapucaí, justamente pela quantidade de lixo que seria gerado. Este ano, por exemplo, toda a ferragem estrutural da fachada do ano anterior se transformou em mobiliários, que desenhei exclusivamente para o projeto. A grama sintética que cobria a área externa num ano anterior, virou o forro de teto da área vip no ano seguinte. E assim também acontece com os elementos decorativos, estou sempre reaproveitando, mudando de lugar, criando novas composições, e assim vai... Porque o Carnaval é exatamente isso: Se reinventar a cada ano para surpreender! Vários outros recursos também são utilizados para tornar o projeto ecologicamente correto, como o uso das lâmpadas econômicas de led, tintas à base de água, válvulas de duplo acionamento nas caixas acopladas das bacias sanitárias, válvulas reguladoras de pressão nos lavatórios e até talheres de material biodegradável”.
Grama sintética virou o forro de teto da área vip
Grama sintética virou o forro de teto da área vip / Igor Mota
Muitos comentam que o camarote Folia Tropical se destaca na Sapucaí por ser um camarote inclusivo. Por quê?
“Fomos o primeiro camarote no sambódromo a levar esse assunto a sério. Desde 2013, me preocupei em desenvolver um projeto com toda a acessibilidade possível, criando vãos largos, rampas, espaços reservados para idosos e pessoas com deficiência e, até mesmo, recursos voltados para pessoas com nanismo, como por exemplo, vaso sanitário mais baixo e degraus para fácil acesso ao lavatório”.
Rebeca Costa no banheiro inclusivo
Rebeca Costa no banheiro inclusivo / Reprodução
“Além disso, apesar de não ser divulgado, todos percebem claramente que o Folia Tropical valoriza - eu diria que até prioriza - as pessoas negras no evento. Este ano tivemos como cantores Teresa Cristina, Péricles, Tiee e outros… Já cantaram em anos passados Alcione, Alexandre Pires, e muitos outros!”
Atrações do Folia Tropical
Atrações do Folia Tropical / Reprodução
“Seguindo aquela percepção, este ano o Folia Tropical convidou o Del Nunes, um artista visual que retrata a periferia e a cultura afro-brasileira para enriquecer ainda mais com esses valores as paredes do camarote”.
Chef João Diamante com Rodrigo Dinelli
Chef João Diamante com Rodrigo Dinelli / Divulgação - Igor Mota
“E para finalizar, tivemos o prazer de degustar os lindos e saborosos pratos do chef João Diamante, que, além de enriquecer o camarote com sua comida, trouxe o seu projeto “Diamantes na Cozinha”, onde ele gera oportunidades para alunos que aprendem trabalhando. Por tudo isso, percebo que, a cada ano, o Folia Tropical atrai mais e mais pessoas negras para o evento, e isso me deixa muito feliz! É assim que tem que ser!”.
Drag Chloe V na festa Candybox
Drag Chloe V na festa Candybox / Reprodução
“Outro fato é que, no dia inaugural dos desfiles do grupo de acesso, o camarote recebe o nome de Candybox, uma festa LGBTQIA+ que há anos vem mostrando que aqui não tem espaço para preconceito!”.
Ao fundo, Agnes Nilsson, mãe do Ton, e seus convidados
Ao fundo, Agnes Nilsson, mãe do Ton, e seus convidados / Reprodução
Para finalizar, qual foi seu maior orgulho de fazer o projeto do Folia Tropical este ano?
“Meu maior orgulho com certeza é fazer parte dessa família que, em meio do maior espetáculo da Terra, contribui para um Brasil melhor, mais inclusivo e de mais amor! Fico orgulhoso também de poder mostrar com a minha arquitetura que qualquer espaço pode e deve ser acessível, sustentável e inclusivo! E, é claro, tenho orgulho também de poder dizer que conheci grandes nomes da música brasileira como Alceu Valença e Jorge Ben Jor!”
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O Afro rompendo ciclos de desemprego, vulnerabilidade social, cultural, econômica e politica com Salvadora Maria de Souza abrindo a Boca para Marco Barcelos.
25/08/2022 | 20h48

1 - O que motivou a implantação do pré-vestibular Afro e qual a abrangência em nossa cidade, onde são ministradas as aulas e os interessados onde podem se informar?

R: Diferente dos alunos que frequentam escolas particulares, e que têm em sua maioria condições de pagar um cursinho pré-vestibular que lhe favorecerá na concorrência pelas vagas nas Universidades públicas e privadas e no Exame Nacional do Ensino Médio(ENEM), os alunos negros e carentes da rede pública, muitas vezes, não tem a mesma oportunidade e, ainda que tentem estudar para os exames por conta própria, acabam perdendo as vagas para aqueles que tiveram condições de se preparar melhor, fazendo um ou mais anos de cursinho. Fato que acaba desmotivando nossos jovens de sonhar com um curso superior e de ter uma formação que transforme sua realidade, rompendo com ciclos de desemprego e vulnerabilidade social, cultural, econômica e política.
1 – 1. Atendendo ao chamado do Papa Francisco que no dia 15 de outubro de 2020 lançou o Pacto Educativo Global, propondo ao mundo todo uma aliança em prol de uma educação de qualidade e na Campanha da Fraternidade de 2022 - Fraternidade e Educação no seu Texto Base especificamente no 262 - Serviços pastorais a favor da educação, em que nos item: a) Dada a complexidade da educação e sua importância fundamental para a formação da pessoa e sociedade, deve haver na organização pastoral da igreja (paróquias, dioceses, regionais) um setor que cuide de maneira articulada e organizada do serviço à educação. É urgente que esse seja apoiado e dinamizado e, quando não existir, seja organizado e item f - Propor ações solidárias em parcerias com outras pastorais e organismos em apoio aos estudantes em situação venerável.
Nesse contexto, em consonância com o Pacto Educativo Global e a Campanha da Fraternidade de 2022, a Pastoral Afro Brasileira do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, propõe a criação de um Curso Pré-vestibular solidário gratuito que atenda 100 estudantes, prioritariamente negros e carentes, que estejam concluindo o ensino médio em escola pública, ou que já concluíram e desejam ingressar na universidade.
O projeto visa reunir pessoas voluntárias, solidárias da causa, com a finalidade de possibilitar empoderamento e mobilidade social dessa parte da população.

1 – 2. O curso atende jovens que já concluíram e/ou estão em fase de conclusão do ensino médio, oriundos das diversas escolas públicas do município;

1 – 3. As aulas são ministradas na Faculdade Estácio de Sá;

1 – 4. As informações sobre a inscrição no curso são prestadas na secretaria do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

2 - Como funciona o projeto Escuta Solidária?

R: O Projeto tem por objetivo proporcionar espaço de Escuta e acolhimento psicológico a pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade social que estejam passando por sofrimento psíquico e pessoas com dificuldades emocionais relacionadas a situações de racismo, promovendo condições para que seu sofrimento possa ser expresso e amenizado.
Estão sendo atendidos estudantes do curso Pré-vestibular Solidário Redentorista, inscritos no projeto Escuta Solidária

Metodologia: Escuta ativa: focada e empática;
Tempo de duração: de 4 a 6 sessões de acordo com a avaliação do psicólogo.
Recursos: O Projeto dispõe de psicólogos, voluntários, inscritos no CRP.
O agendamento para atendimento online e gratuito é feito através de inscrição pelo Google formulários, link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeEiS0uYQN-JTXQVfOgMi6jjSb-KNJ8l98QuynbcdGs0ecFqg/viewform?vc=0&c=0&w=1&flr=0

Estamos precisando de mais profissionais voluntários, com registro no CRP, para reforçar a equipe de atendimento, inscrições pelo Google formulários, link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf9d8Gr-1xeGLZ-EvBuQCWmpxUtHVPlZgishXJyzt8nAJRVtQ/viewform

3 - Na comemoração de dois anos da Pastoral Afro-brasileira do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro será lançado o Jornal Negro Presente, como está sendo elaborado e qual público pretende alcançar?

R: O Jornal está sendo elaborado com o objetivo de:
3 – 1. Atuar, a luz do Evangelho, nas necessidades e desafios sociais os quais os negros estão expostos dentro da sociedade, enfrentando discriminação, preconceito, racismo, desigualdade falta de oportunidade e estigmatização;
3 – 2 Atuar para a promoção de uma tomada de consciência, em especial dos jovens negros, para que assumam seu real papel na sociedade, se tornem os principais agentes de mudança de sua realidade e agentes multiplicadores para a promoção de mudanças em seu meio social;
3 – 3 Atuar para a efetivação de políticas afirmativas de promoção de igualdade racial.
Enfim, sensibilizar a sociedade e a igreja como um todo para o conhecimento das questões afro-brasileiras, animar os grupos negros católicos existentes e incentivar o surgimento de novos grupos. Trata-se da construção de uma consciência coletiva sobre a necessidade de empreender ações solidárias visando a superação das desigualdades, da miséria, da vulnerabilidade, exclusão social e violência contra a população negra e desconstrução de práticas racistas e de intolerância religiosa, a luz do Evangelho.

4 - Salvadora Maria, a cada dia temos mais casos de racismo e frequentemente no futebol. Na sua opinião qual o caminho para banir este mal da sociedade?

R: A ampliação de oportunidades de acesso à educação, trazendo para dentro da sala de aula, desde a infância, a discussão de uma educação antirracista, já que no Brasil o racismo é um problema estrutural que precisa ser enfrentado através do discurso de respeito e equidade racial, da denúncia de situações de racismo, da divulgação da Lei contra o racismo (7.716/ 1989) e cobrança de sua aplicação.

5 - Quais iniciativas podem contribuir para promover a autoestima e o protagonismo negro e influenciar uma negritude verdadeiramente empoderada e consciente de suas possibilidades para ocupar espaços de liderança, inteligência, arte e beleza na sociedade como um todo?

R: Ainda estamos longe de qualquer cenário inclusivo, por isso é fundamental: a) ressaltar trajetórias de negros e negras que se destacaram em suas áreas de atuação; b) propiciar condições de igualdade de acesso a oportunidades, e de promoção do desenvolvimento e valorização do negro, desde sua infância, incutindo neles a certeza de que são capazes de chegarem onde quer que seja.
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Do céu as trevas em um só dia
02/08/2022 | 09h16
No dia 18 de julho acordei recebendo a notícia que meu sonhado título de MESTRE EM IMPLANTODONTIA tinha sido deferido e ainda completava 30 anos de formado; estava em êxtase de felicidade, parecia que estava no céu, literalmente nas nuvens!!!
Não obstante, também neste fatídico dia 18/07 recebi a notícia que aguardava por longos 9 anos e onze meses, mas não como esperava: o MM Juiz da Terceira Vara Cível desta Comarca, de forma sequer crível, indeferiu meus pedidos no processo indenizatório.
Tenho certeza: fui vítima de erro médico claro, com responsabilidades subjetivas e objetivas (nenhuma sequer deferida) que sofri em uma cirurgia simples de vesícula, ficando com sequelas irreversíveis, perdendo mais de 70% da visão e com a fala comprometida, após dois meses em coma, ceifando minha carreira promissora de implantodontista.
A frustração de perder a ação e ser, praticamente, acusado de culpado por minhas sequelas por estar obeso à época é lastimável.
Mesmo assim, apesar das trevas, a minha FÉ é maior que tudo. Ingressei com Embargos Declaratórios e caso as omissões e contradições não sejam sanadas pelo citado Juiz, recorrerei ao Tribunal de Justiça e até onde mais meu DEUS permitir. Não descansarei até que seja, pelo menos, indenizado, em parte, do erro que inutilizou meu futuro, pois hoje vivo com dependência de terceiros, com dificuldades financeiras graves e condenado a lembrar, pelo resto da vida, do que poderia ser e não foi.
DEUS irá permitir que eu vença, mesmo com poderosas forças contra mim. DEUS É MAIOR!
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Comemoração do Jubileu de Ouro da Faculdade de Odontologia de Campos com Rafael Corrêa Abrindo a Boca para Marco Barcelos
17/05/2022 | 14h19

1- Rafael Corrêa, qual a sensação de ser Coordenador da Faculdade de Odontologia e qual a programação prevista para as comemorações no Jubileu de Ouro?

R: Quando recebi o convite, em 2018, foi como um chamado. Havia me formado em 2002 e desde então segui minha formação de especialização, mestrado entre outros cursos em Instituições distintas, no Brasil e Estados Unidos. Ou seja, havia perdido a conexão com a antiga FOC (Faculdade de Odontologia de Campos), hoje UNIFLU, onde passei anos tão importantes em minha vida pessoal e profissional. Por isso, senti naquele convite a oportunidade de retribuir tudo que a Odontologia me deu. Desta forma assumi a Coordenação do Curso, ciente dos desafios, mas determinado a construir um legado que unisse a tradição do curso às novas tecnologias do ensino e da Odontologia Contemporânea.
Teremos um ano inteiro dedicado a comemoração deste Jubileu, mas nosso “pontapé” inicial será em nossa Semana Acadêmica, que acontecerá de 18 a 20 de maio, onde temos como objetivo resgatar nossa história, oferecer à comunidade acadêmica uma grade científica de peso e realizar um grande encontro de alunos, ex-alunos, professores e funcionários em nosso Campus.


2 - Com a fusão da Faculdade de Odontologia, Direito e Filosofia para UNIFLU, como ficou a parte organizacional?

R: A fusão e transformação destas importantes Instituições (FOC, FDC e FAFIC) para o Centro Universitário Fluminense (UNIFLU) ocorreu pela Portaria Ministerial de 25/10/2004. Desta forma, a Fundação Cultural de Campos (FCC) que era a mantenedora das faculdades, passa a ser a mantenedora do UNIFLU, que, enquanto Centro Universitário passa a ter em seu Organograma a figura de uma Reitoria e Pró-reitoria unificada, e que possui como subordinados os coordenadores dos cursos da Instituição. Assim, as decisões acadêmicas passam a ser centralizadas, guardadas as devidas especificidades de cada curso.


3 - A união da Faculdade de Fonoaudiologia a de Odontologia foi uma grande integração. Como a sociedade campista poderá ter acesso a estes importantes atendimentos?

R: O Curso de Fonoaudiologia chegou para somar dentro do Centro Universitário, reafirmando nossa vocação até então apenas pela Odontologia, de formar profissionais na área da saúde de vanguarda, que sempre se destacam no mercado de trabalho. Com a Fonoaudiologia não vem sendo diferente, e nossos serviços, tanto na Odontologia, como na Fonoaudiologia, são ofertados em nosso Campus II, na Rua Visconde de Alvarenga, 143, no Parque Leopoldina, local onde por muitos anos funcionou a antiga FOC (Faculdade de Odontologia de Campos), e que hoje concentra os dois cursos da área da saúde.


4 - Rafael Corrêa, há 4 anos coordenando a Faculdade de Odontologia, quais foram seus principais desafios e conquistas?

R: O desafio inicial era conhecido, e consistia em organizar melhor nosso Projeto Pedagógico, trazendo as novidades que a Odontologia experimentou nos últimos anos e conferindo um ensino moderno, com ferramentas contemporâneas. Além disso, adequar toda a estrutura do curso às exigências do Ministério da Educação (MEC) e fortalecer nosso tripé sustentador: o Ensino, a Pesquisa e a Extensão.
Porém, além dos desafios conhecidos, eis que em 2020, surge um obstáculo inesperado: a pandemia do Coronavírus. Com o apoio de nossa mantendedora, da Reitoria, além dos professores e claro, alunos, conseguimos estruturar, em tempo recorde, o ensino remoto, que perdurou por meses a fio. Mas sabíamos que a Odontologia não se ensina apenas de forma remota, as atividades práticas são insubstituíveis. Assim, em julho de 2020, após uma grande reforma em nossa estrutura, e após criar um Protocolo rígido de Biossegurança, elaborado por uma Comissão de Biossegurança própria, conseguimos retomar as aulas práticas, estágios e atendimentos clínicos, que são fundamentais para a formação do egresso, com toda segurança e controle. Podemos dizer que fomos a primeira Instituição de Ensino de Odontologia do estado do Rio de Janeiro a retomar estas atividades, fato que foi seguido pelas demais escolas de Odontologia em outros momentos.
Hoje, com a retomada do que consideramos nosso “novo normal”, muitos protocolos foram mantidos, por entendermos que seriam benéficos para a formação do nosso aluno e proteção dos mesmos, além de professores e funcionários.


5 - No início da década de 90 estava cursando a antiga FOC e prestávamos concurso para Suseme que era o melhor estágio concorrido por todas as faculdades do estado e tínhamos um alto índice de aprovação. Atualmente qual o grau de interesse dos acadêmicos no aprendizado e desenvolvimento de suas habilidades?

R: Hoje, a realidade difere um pouco de outrora. O acesso à informação é quase instantâneo, as ferramentas tecnológicas criaram novas possibilidades de aprendizado e a realidade dos desafios da profissão pode ser reproduzida de maneira muito mais fiel. Porém, novas Instituições surgiram em profusão, e que infelizmente não possuem o mesmo compromisso no ensino que sempre prezamos, onde o aluno passa a ser “cliente” e o diploma quase que uma “mercadoria” que pode ser comprada. Com isso, passa-se a nivelar um pouco mais abaixo, o que certamente favorece os cirurgiões-dentistas formados pelo UNIFLU, pois o que não mudou foi o padrão de destaque que nossos egressos apresentam quando se colocam no mercado de trabalho.
Temos o orgulho de observar ex-alunos se destacando no Brasil e até mundo afora, e que exibem com orgulho o carimbo da Odontologia do UNIFLU (leia-se também FOC), e que possuem um enorme carinho pela nossa Instituição.
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Marco Barcelos

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