Encontro do prefeito de Macaé com o presidente Lula
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Divulgação
Capital do petróleo, gás e energia, Macaé desponta como local ideal com infraestrutura adequada para investimentos da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) e metanol, projeto que ganhou mais força após o prefeito Welberth Rezende apresentar a iniciativa ao presidente Luiz Inácio da Silva em uma reunião realizada em Angra dos Reis em fevereiro. O projeto tem sinergia estratégica com o evento Macaé Energy, realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequena Empresas (Sebrae), a Redepetro e Petrobras, com apoio institucional da Prefeitura de Macaé, pois ambos reforçam Macaé como um polo inovador de desenvolvimento industrial e energético que pode ser a solução para acabar com a dependência do Brasil da importação de fertilizantes.
Hoje o Brasil é o maior importador de fertilizantes do Planeta e importou, em 2023, 92% dos fertilizantes necessários e 100% do metanol consumido. O Complexo Industrial de Macaé (CIM) contribuirá com a redução em até 15% da dependência externa e leva em conta que Macaé é um dos principais polos de gás natural do Brasil, o que facilita a produção de fertilizantes nitrogenados usados nos insumos do agronegócio. A expectativa é que a fábrica gere cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos durante a sua construção.
O encontro entre Welberth e Lula reforçou a importância da fábrica de fertilizantes para a soberania alimentar do Brasil e para a diversificação da economia de Macaé, reduzindo a dependência dos royalties do petróleo. O prefeito destacou que esse projeto representa uma nova fase de desenvolvimento para Macaé, aproveitando a força da indústria de petróleo e gás para diversificar a economia de forma sustentável. A iniciativa conta com apoio de lideranças locais, estaduais e federais.
“Fui até o presidente Lula apresentar nosso projeto de fertilizantes porque é um investimento necessário e temos estudos que apontam isto. Falei com todas as lideranças que são importantes neste processo de criação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) em Macaé e acredito que é um projeto fundamental para a economia do município, da região e do país”, enfatizou o prefeito.
Macaé elaborou o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Socioambiental que apresenta investimento para a fábrica de fertilizantes estimado entre US$ 1 a US$ 2 bilhões de dólares, com faturamento bruto total esperado de US$ 800 milhões de dólares e consumo diário de 2,7 milhões de metros cúbicos de gás natural.
O projeto da fábrica de fertilizantes foi elaborado pela prefeitura, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, de forma alinhada com o Plano Nacional de Fertilizantes 2023-2050 que busca fortalecer a produção nacional e garantir segurança alimentar, geração de empregos, aumento na arrecadação e desenvolvimento sustentável.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Viana esclareceu que Macaé é considerada a capital da energia, oficialmente, e é a cidade que deve desembarcar 65% do gás natural produzido no Brasil. “Isso nos leva a dois caminhos. O primeiro é a amostragem sobre o cenário da indústria, ou seja a capacidade já instalada na cidade, é a cidade que detém o título segundo a ANP, de maior município concentrador em infraestrutura do óleo e gás, então dentro desse cenário mostrar o Plano Nacional de Fertilizantes já elencado no Conferte, no Conselho Nacional de Fertilizantes, o porquê a cidade é ambiente próprio para o desenvolvimento dessa planta de fertilizante nitrogenado e metanol”, ressalta.
A fábrica vai garantir segurança alimentar; alimentos mais baratos; geração de empregos; aumento na arrecadação; desenvolvimento sustentável; produção nacional de fertilizantes; e agronegócio mais sustentável e competitivo. O Estado do Rio de Janeiro tem um programa de atração de investimentos e estímulo à indústria de fertilizantes (Lei no 9716/2022).
Prefeito Werbert articula junto com a secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda ações do projeto
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Divulgação Macaé/Rui Porto
Segunda Macaé Energy em julho
A segunda edição o Macaé Energy será realizada entre 1º e 3 de julho próximo, no Royal Palace Hotel, na Praia de Cavaleiros. O evento reúne empresários, investidores e especialistas para debater soluções que impulsionem a economia do Rio de Janeiro e fortaleçam a posição do Brasil no mercado global de energia. Nesta edição, será lançada a macro feira Macaé Energy 2026 que ocorrerá no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, no Bairro São José do Barreto, e deverá reunir os principais agentes do setor, consolidando ainda mais a cidade como referência na transição energética e inovação tecnológica.
O evento proporciona debates sobre captação de investimentos, infraestrutura, regulamentação e inovações tecnológicas, elementos fundamentais para viabilizar a nova indústria de fertilizantes. Além disso, a qualificação profissional e os avanços na tecnologia de produção sustentável são temas centrais do Macaé Energy que impactam diretamente a viabilidade do projeto de fertilizantes.
O município oferece a oportunidade do investimento devido à alta demanda; matéria-prima abundante; mercado em expansão; tecnologia sustentável; e apoio governamental e incentivos fiscais. Macaé possui infraestrutura de produção e movimentação do gás natural com indústrias, aeroporto, portos, rodovias, gasoduto e logística.
“Nesse cenário, Macaé é a cidade que protagoniza, com muita responsabilidade, a transição energética que está acontecendo. Esse é o debate do planeta e através de muito gás desembarcado aqui, o município consegue conduzir essa discussão do fóssil às energias renováveis. Com isso, a cidade é o cenário próprio e legítimo para que se discuta todos os assuntos pertinentes à transição energética”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Viana, sobre a cidade receber eventos desta temática.
A cidade de Macaé oferece infraestrutura para a energia e inovação por abrigar a maior base operacional de óleo e gás do Brasil, sendo o maior produtor e exportador, além de concentrar o maior número de empresas dedicadas a esses mercados. A Capital da Energia é também um forte hub de operações logísticas e tem um expressivo portfólio de investimentos para a região, que conta com projetos dedicados a outras fontes de energia.