Felipe Manhães - 100 artigos na Folha da Manhã
A coluna de hoje é a de número 100. Nesses mais de dois anos escrevendo toda semana, sempre às quartas-feiras, trouxe temas jurídicos dos mais variados, principalmente sobre Direito do Consumidor, que é uma área de grande interesse da população. Vez ou outra adentramos em pautas nacionais e assuntos da cidade, sempre sob o ponto de vista dos direitos das pessoas.
Por isso, venho agradecer a todos os leitores, em especial, a todos que retribuem pelo Instagram o pouco de conhecimento útil que tento oferecer toda semana, principalmente nesses tempos de tanta informação irrelevante que enche os meios de comunicação e nossos celulares.
Nos últimos anos, o avanço das redes sociais transformou profundamente a maneira como a informação circula. Embora essa democratização da comunicação tenha trazido benefícios, também abriu espaço para a disseminação acelerada de notícias falsas. No campo político, distorcem debates e manipulam a percepção pública. Na esfera da saúde, podem levar pessoas a adotarem comportamentos perigosos ou abandonarem tratamentos. Na esfera dos direitos das pessoas, golpes, prejuízos financeiros e até a perda de direitos podem ser causados pela propagação de conteúdos mentirosos.
Por isso, a imprensa séria, profissional, com tradição e credibilidade é o meio confiável para se informar.
Além do perigo das fake news, o tempo que as pessoas passam em frente às telas, consumindo conteúdos inúteis, não lhes acresce em nada e tira o precioso tempo em aprender algo que traga algum benefício.
Nesse cenário, a imprensa escrita continua desempenhando um papel essencial. Televisão, jornais e revistas, seja em versão impressa ou digital, seguem protocolos rigorosos de apuração, checagem e responsabilidade editorial. A existência de equipes profissionais, com fontes verificadas e compromisso ético, funciona como um contraponto fundamental ao caos informacional das redes. A imprensa escrita não apenas informa, ela contextualiza, aprofunda e apresenta os fatos de maneira responsável, permitindo que o leitor compreenda a realidade com mais precisão.
Além disso, a imprensa escrita contribui para preservar a memória dos acontecimentos. Registros jornalísticos estruturados e arquivados permitem que fatos sejam revisados e estudados no futuro, algo que postagens virais, efêmeras e desordenadas não oferecem. Em um ambiente dominado por velocidade e superficialidade, a escrita jornalística surge como uma âncora, garantindo profundidade e confiabilidade.
Assim, frente à proliferação das fake news, é muito importante valorizar o jornalismo profissional e incentivar a leitura de veículos comprometidos com a verdade. Em tempos de desinformação, a imprensa escrita é não apenas relevante, mas indispensável para a saúde da democracia e para uma sociedade bem informada.