Agente da PF conta dinheiro encontrado na casa de um dos dirigentes do Banco Master
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Divulgação: PF
O diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira (18) que o esquema de fraudes financeiras que resultou na prisão do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e de quatro diretores da instituição pode chegar a R$ 12 bilhões. A declaração foi dada depois que a PF encontrou R$ 1,6 milhão na casa de um dos investigados em operação no mesmo dia, que mirou a venda de títulos de crédito falsos. Outro investigado é o diretor do banco Master, Augusto Ferreira Lima, ex-CEO — que teve a prisão decretada pela PF.
Segundo apurações do g1, Vorcaro estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta. As prisões aconteceram horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília).
Segundo a TV Globo apurou, sete mandados de prisão foram expedidos no âmbito da operação. Seis pessoas já foram presas.
As investigações começaram em 2025, após o Banco Central (BC) enviar um relatório informando das suspeitas.
Na manhã desta terça, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, o processo de compra está automaticamente interrompido.
A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central fecha um banco que não tem mais condições de funcionar. Um liquidante assume o controle, encerra as operações, vende os bens e paga os credores, até extinguir a instituição.
O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras.
A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).