Com 40% dos votos apurados, Jeannette Jara, do Partido Comunista e apoiada pelo presidente Gabriel Boric liderava com 26,45%; José Antonio Kast , da ala de extrema direita do Partido Republicano estava em segundo com 24,46%
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Foto: Reprodução
O primeiro turno das eleições do Chile, realizado nesse domingo (16), definiu que a disputa presidencial será decidida no segundo turno. Jeannette Jara (Partido Comunista), apoiada pelo atual presidente Gabriel Boric, vai enfrentar José Antonio Kast (Partido Republicano), da direita.
O segundo turno ocorre em 14 de dezembro. Com 99,79% das urnas apuradas, Jara tinha 26,85% dos votos e Kast, 23,93%.
O candidato de extrema direita Johannes Kaiser declarou apoio a Kast.
Apuração oficial com 99,99% dos votos:
Jeannette Jara, do Partido Comunista, apoiada pelo presidente Gabriel Boric - 26,85% José Antonio Kast, da ala de direita do Partido Republicano - 23,92%. Franco Parisi – direita - 19,71% Johannes Kaiser – direita - 13,94% Evelyn Matthei Fornet – direita - 12,46% Harold Mayne-Nicholls Secul – 1,26% Marco Antonio Enríquez-Ominami Gumucio – 1,20% Eduardo Antonio Artés Brichetti – 0,66%
A segurança pública domina o debate eleitoral em meio ao avanço da criminalidade e à crescente preocupação com a imigração.
Jara aparecia em primeiro lugar nas pesquisas, com cerca de 30% das intenções de voto.
Em segundo lugar está José Antonio Kast, da ala de direita do Partido Republicano, com pouco mais de 20%.
Mesmo com a vantagem no primeiro turno, os levantamentos indicavam que Jara seria derrotada em um eventual segundo turno, marcado para o dia 14 de dezembro.
"Neste domingo, Jara criticou seus rivais por "exacerbar o medo". Isso não "serve para governar um país [...] é preciso ter capacidade de realizar acordos, ter capacidade de diálogo", disse ela após votar em Santiago.
Ex-ministra do Trabalho de Boric, Jara antecipou durante a campanha que não terá "nenhum problema com a questão da segurança", mas que também garantirá que os chilenos tenham "a segurança de chegar ao fim do mês". Um de seus projetos contra o crime organizado é o levantamento do sigilo bancário para atacar suas finanças.
O Chile vive uma virada na política. Diferentemente de 2021, quando a esquerda venceu embalada por protestos contra a desigualdade e pela expectativa de uma nova Constituição, o clima agora é outro. Naquela eleição, Boric se tornou o presidente mais jovem da história do país, aos 35 anos.
Quatro anos depois, a nova Constituição não saiu do papel, e o foco da população mudou. A criminalidade aumentou e se tornou a principal preocupação dos eleitores — à frente de temas como economia, saúde e educação.