CPI vai à sede do Fundecam aprofundar investigações
17/07/2019 | 11h35
Os vereadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal, que investiga irregularidades no Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), estarão nesta quinta-feira (18) na sede do órgão para mais uma etapa das investigações que já duram 120 dias e ouviu mais de 10 pessoas. O objetivo da CPI é resgatar cerca de meio bilhão de reais aos cofres do município.
— Os membros da CPI, juntamente com a equipe técnica que auxilia nos trabalhos da comissão, irão fazer uma visita amanhã (quinta), às 14h30, na sede do Fundecam para analisar contratos originais, atas de reuniões e demais documentos que acharmos pertinentes. Esta visita faz parte de uma das etapas do trabalho da CPI — informou o vereador Jorginho Virgílio (PRP), que preside a Comissão.
A previsão é de que CPI tenha seu relatório concluído em 60 dias, prazo previsto para o fim da prorrogação que aconteceu no mesmo passado. A CPI foi instalada em março, com prazo de conclusão inicial de 90 dias, sendo estendida por igual período.
Jorginho considera positivo os trabalhos da CPI do Fundecam até o momento e disse que o principal objetivo é recuperar o dinheiro do suposto rombo no Fundo entre as gestões de Arnaldo Vianna (hoje MDB), que criou o Fundecam em 2001, até o fim do governo Rosinha Garotinho (atual Patri), em 2016.
— Após esta ida à sede do Fundecam, vamos analisar a necessidade de outras visitas. Ainda vamos ouvir mais pessoas que atuaram no Fundo durante as gestões anteriores, além de outros tomadores de empréstimos — informou Jorginho.
Além de Virgílio, também compõem a CPI os vereadores Abu (PPS), Luiz Alberto Neném (PTB), Silvinho Martins (PRP) e Paulo Arantes (PSDB).
A CPI — Proposta pelo vereador Jorginho Virgilio, a CPI do Fundecam ganhou apoio e a assinatura dos 25 vereadores. Por ter sido ele quem propôs a investigação no Legislativo, ficou com a presidência. “Estamos seguindo todos os protocolos regimentais, desde que realizamos uma audiência pública sobre o tema em 20 de agosto do ano passado. Tudo começou quando recebemos em nosso gabinete algumas denúncias. Imediatamente oficiamos o presidente do Fundecam, que me forneceu todos os números, os nomes das empresas e como estava o andamento desses processos. Depois de conversamos também com o Ministério Público, tivemos a ideia de realizar a audiência e colher mais dados para a CPI. Após a conclusão do nosso trabalho, será enviada ao Ministério Público, Justiça e outros órgãos de controle”, ressaltou o vereador.
No início da CPI foi constatado que dos 91 contratos do Fundecam Estruturante, 49,4% estavam em inadimplência. São casos desde empresas que pegaram o dinheiro dos royalties e nunca abriram, até aquelas que conseguiram o empréstimo uma vez, não pagaram todas as parcelas, e depois pegaram mais dinheiro. “Como sempre falo, não existe nenhuma ‘caça às bruxas’ a políticos ou empresários, mas sim uma caça ao dinheiro dos royalties que pertence ao povo de Campos e que foi gasto de forma irresponsável pelos governos passados. Um dinheiro que, sem dúvida, está fazendo muita falta”, finalizou Jorginho.
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Presidente da CPI do Fundecam pede prorrogação por três meses
10/06/2019 | 05h14
Jorginho Virgílio
Jorginho Virgílio / Crédito: Genilson Pessanha
Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga irregularidades no Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), o vereador Jorginho Virgílio (PRP) protocolou nesta segunda-feira (10) um pedido para prorrogar os trabalhos, que deve ser apreciado no plenário nos próximos dias. A CPI foi instalada em março, com prazo de conclusão em 90 dias, prorrogáveis por igual período. Mais de dez testemunhas foram ouvidas até o momento.
Jorginho avalia como positivo os trabalhos da CPI do Fundecam até o momento e disse que o principal objetivo é recuperar o dinheiro Fundo. A Comissão analisa um suposto rombo de R$ 500 milhões entre as administrações Arnaldo Viana (hoje MDB), que criou o Fundecam em 2001, até o fim do governo Rosinha Garotinho (atual Patri), em 2016. Segundo Jorginho, não “será uma caça às bruxas. Será uma caça ao dinheiro que supostamente foi desviado dos cofres públicos”.
Virgílio foi escolhido para presidir a comissão porque foi o autor do requerimento de instalação da CPI. Logo no início dos trabalhos, ele contou que recebeu denúncias sobre o assunto em seu gabinete. Além de Jorginho, também compõe a CPI os vereadores Abu (PPS), Luiz Alberto Neném (PTB), Silvinho Martins (PRP) e Paulo Arantes (PSDB).
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Sobre o autor

Arnaldo Neto

arnaldoneto@fmanha.com.br