Toffoli nega pedido da PGR e mantém a acareação no caso Master
25/12/2025 08:42 - Atualizado em 25/12/2025 08:42
O Presidente do STF Dias Toffoli
O Presidente do STF Dias Toffoli / Agência Brasil
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal ( STF), negou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender a acareação determinada no caso do Banco Master. Com isso, está mantida para a próxima terça-feira (30) uma audiência de acareação entre o dono do Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil, Ailton de Aquino.

Acareação é um procedimento utilizado em investigações policiais e processos judiciais para confrontar pessoas que apresentaram versões diferentes sobre os mesmos fatos. Realizada diante da autoridade responsável, a medida busca esclarecer contradições nos depoimentos ao permitir que os envolvidos respondam diretamente às declarações uns dos outros, o que pode ajudar na apuração dos acontecimentos e na formação de provas.
Em seu pedido, segundo o blog da Camila Bomfim, do g1, apurou, a PGR afirmava que as premissas para uma acareação não estavam contempladas. Os intimados para a acareação ainda não tinham sido ouvidos individualmente e a análise do material da operação ainda não foi finalizada.

O blog apurou que Toffoli entendeu que, apesar de eles não terem sido ouvidos pela Polícia Federal, as informações das três partes intimadas para a acareação precisam ser esclarecidas porque os elementos da investigação apontam para essa necessidade. Para Toffoli, há informações públicas nesse sentido também.
A decisão sobre a acareação foi tomada de ofício pelo ministro Dias Toffoli. Isso quer dizer que não houve pedido da PF nem da Procuradoria-Geral da República. O usual é que haja um pedido antes da decisão de um juiz. Toffoli, nesse caso, tomou a decisão sem uma representação dos órgãos de investigação, como informou o blog mais cedo.

Dos três intimados para a acareação, dois são investigados: o dono do Master, Vorcaro, e o ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa. O diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino, apesar de estar intimado, não é investigado.

A presença dele terá a finalidade de explicar todas as fases que antecederam a liquidação do banco pelo BC, como se dá a fiscalização prévia e se houve demora. Também servirá para esclarecer os pontos levantados contra o Banco Central.

O BC é o órgão que tem a competência para determinar fiscalizar e liquidar bancos, e já tinha feito alertas ao Master, que foram descumpridos.
Com informações do G1

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