


1. No início deste novo ano, formulo sinceros votos de paz aos povos e nações do mundo inteiro, aos chefes de Estado e de governo, bem como aos responsáveis das Comunidades Religiosas e das várias expressões da sociedade civil. Almejo paz a todo o homem, mulher, menino e menina, e rezo para que a imagem e semelhança de Deus em cada pessoa nos permitam reconhecer-nos mutuamente como dons sagrados com uma dignidade imensa. Sobretudo nas situações de conflito, respeitemos esta «dignidade mais profunda»[1] e façamos da não-violência ativa o nosso estilo de vida.
Esta é a Mensagem para o 50º Dia Mundial da Paz. Na primeira, o Beato Papa Paulo VI dirigiu-se a todos os povos – e não só aos católicos – com palavras inequívocas: «Finalmente resulta, de forma claríssima, que a paz é a única e verdadeira linha do progresso humano (não as tensões de nacionalismos ambiciosos, nem as conquistas violentas, nem as repressões geradoras duma falsa ordem civil)». Advertia contra o «perigo de crer que as controvérsias internacionais não se possam resolver pelas vias da razão, isto é, das negociações baseadas no direito, na justiça, na equidade, mas apenas pelas vias dissuasivas e devastadoras». Ao contrário, citando a Pacem in terris do seu antecessor São João XXIII, exaltava «o sentido e o amor da paz baseada na verdade, na justiça, na liberdade, no amor».[2] É impressionante a atualidade destas palavras, não menos importantes e prementes hoje do que há cinquenta anos.
Nesta ocasião, desejo deter-me na não-violência como estilo duma política de paz, e peço a Deus que nos ajude, a todos nós, a inspirar na não-violência as profundezas dos nossos sentimentos e valores pessoais. Sejam a caridade e a não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações interpessoais, sociais e internacionais. Quando sabem resistir à tentação da vingança, as vítimas da violência podem ser os protagonistas mais credíveis de processos não-violentos de construção da paz. Desde o nível local e diário até ao nível da ordem mundial, possa a não-violência tornar-se o estilo caraterístico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações, da política em todas as suas formas.
Um mundo dilacerado
2. Enquanto o século passado foi arrasado por duas guerras mundiais devastadoras, conheceu a ameaça da guerra nuclear e um grande número de outros conflitos, hoje, infelizmente, encontramo-nos a braços com uma terrível guerra mundial aos pedaços. Não é fácil saber se o mundo de hoje seja mais ou menos violento que o de ontem, nem se os meios modernos de comunicação e a mobilidade que carateriza a nossa época nos tornem mais conscientes da violência ou mais rendidos a ela.
Seja como for, esta violência que se exerce «aos pedaços», de maneiras diferentes e a variados níveis, provoca enormes sofrimentos de que estamos bem cientes: guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; os abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; a devastação ambiental. E para quê? Porventura a violência permite alcançar objetivos de valor duradouro? Tudo aquilo que obtém não é, antes, desencadear represálias e espirais de conflitos letais que beneficiam apenas a poucos «senhores da guerra»?
A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a atrozes sofrimentos, porque grandes quantidades de recursos são destinadas a fins militares e subtraídas às exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra. No pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos.
A Boa Nova
3. O próprio Jesus viveu em tempos de violência. Ensinou que o verdadeiro campo de batalha, onde se defrontam a violência e a paz, é o coração humano: «Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos» (Marcos 7, 21). Mas, perante esta realidade, a resposta que oferece a mensagem de Cristo é radicalmente positiva: Ele pregou incansavelmente o amor incondicional de Deus, que acolhe e perdoa, e ensinou os seus discípulos a amar os inimigos (cf. Mateus 5, 44) e a oferecer a outra face (cf. Mateus 5, 39). Quando impediu, aqueles que acusavam a adúltera, de a lapidar (cf. João 8, 1-11) e na noite antes de morrer, quando disse a Pedro para repor a espada na bainha (cf. Mateus 26, 52), Jesus traçou o caminho da não-violência que Ele percorreu até ao fim, até à cruz, tendo assim estabelecido a paz e destruído a hostilidade (cf. Efésios 2, 14-16). Por isso, quem acolhe a Boa Nova de Jesus, sabe reconhecer a violência que carrega dentro de si e deixa-se curar pela misericórdia de Deus, tornando-se assim, por sua vez, instrumento de reconciliação, como exortava São Francisco de Assis: «A paz que anunciais com os lábios, conservai-a ainda mais abundante nos vossos corações».[3]
Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também à sua proposta de não-violência. Esta, como afirmou o meu predecessor Bento XVI, «é realista pois considera que no mundo existe demasiada violência, demasiada injustiça e, portanto, não se pode superar esta situação, exceto se lhe contrapuser algo mais de amor, algo mais de bondade. Este “algo mais” vem de Deus».[4]E acrescentava sem hesitação: «a não-violência para os cristãos não é um mero comportamento tático, mas um modo de ser da pessoa, uma atitude de quem está tão convicto do amor de Deus e do seu poder que não tem medo de enfrentar o mal somente com as armas do amor e da verdade. O amor ao inimigo constitui o núcleo da “revolução cristã”».[5] A página evangélica – amai os vossos inimigos (cf. Lucas 6, 27) – é, justamente, conside rada «a magna carta da não-violência cristã»: esta não consiste «em render-se ao mal (…), mas em responder ao mal com o bem (cf. Romanos 12, 17-21), quebrando dessa forma a corrente da injustiça».[6]
Mais poderosa que a violência
4. Por vezes, entende-se a não-violência como rendição, negligência e passividade, mas, na realidade, não é isso. Quando a Madre Teresa recebeu o Prê mio Nobel da Paz em 1979, declarou claramente qual era a sua ideia de não-violência ativa: «Na nossa família, não temos necessidade de bombas e de armas, não precisamos de destruir para edificar a paz, mas apenas de estar juntos, de nos amarmos uns aos outros (…). E poderemos superar todo o mal que há no mundo».[7] Com efeito, a força das armas é enganadora. «Enquanto os traficantes de armas fazem o seu trabalho, há pobres pacificadores que, só para ajudar uma pessoa, outra e outra, dão a vida»; para estes obreiros da paz, a Madre Teresa é «um símbolo, um ícone dos nossos tempos».[8] No passado mês de setembro, tive a grande alegria de a proclamar Santa. Elogiei a sua disponibilidade para com todos «através do acolhimento e da defesa da vida humana, a dos nascituros e a dos abandonados e descartados. (…) Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes – diante dos crimes! – da pobreza criada por eles mesmos».[9] Como resposta, a sua missão – e nisto representa milhares, antes, milhões de pessoas – é ir ao encontro das vítimas com generosidade e dedicação, tocando e vendando cada corpo ferido, curando cada vida dilacerada.
A não-violência, praticada com decisão e coerência, produziu resultados impressionantes. Os sucessos alcançados por Mahatma Gandhi e Khan Abdul Ghaffar Khan, na libertação da Índia, e por Martin Luther King Jr contra a discriminação racial nunca serão esquecidos. As mulheres, em particular, são muitas vezes líderes de não-violência, como, por exemplo, Leymah Gbowee e milhares de mulheres liberianas, que organizaram encontros de oração e protesto não-violento (pray-ins), obtendo negociações de alto nível para a conclusão da segunda guerra civil na Libéria.
E não podemos esquecer também aquela década epocal que terminou com a queda dos regimes comunistas na Europa. As comunidades cristãs deram a sua contribuição através da oração insistente e a ação corajosa. Especial influência exerceu São João Paulo II, com o seu ministério e magistério. Refletindo sobre os acontecimentos de 1989, na Encíclica Centesimus annus (1991), o meu predecessor fazia ressaltar como uma mudança epocal na vida dos povos, nações e Estados se realizara «através de uma luta pacífica que lançou mão apenas das armas da verdade e da justiça».[10] Este percurso de transição política para a paz foi possível, em parte, «pelo empenho não-violento de homens que sempre se recusaram a ceder ao poder da força e, ao mesmo tempo, souberam encontrar aqui e ali formas eficazes para dar testemunho da verdade». E concluía: «Que os seres humanos aprendam a lutar pela justiça sem violência, renunciando tanto à luta de classes nas controvérsias internas, como à guerra nas internacionais».[11]
A Igreja comprometeu-se na implementação de estratégias não-violentas para promover a paz em muitos países solicitando, inclusive aos intervenientes mais violentos, esforços para construir uma paz justa e duradoura.
Este compromisso a favor das vítimas da injustiça e da violência não é um património exclusivo da Igreja Católica, mas pertence a muitas tradições religiosas, para quem «a compaixão e a não-violência são essenciais e indicam o caminho da vida».[12] Reitero-o aqui sem hesitação: «nenhuma religião é terrorista».[13] A violência é uma profanação do nome de Deus.[14] Nunca nos cansemos de repetir: «jamais o nome de Deus pode justificar a violência. Só a paz é santa. Só a paz é santa, não a guerra».[15]
A raiz doméstica duma política não-violenta
5. Se a origem donde brota a violência é o coração humano, então é fundamental começar por percorrer a senda da não-violência dentro da família. É uma componente daquela alegria do amor que apresentei na Exortação Apostólica Amoris laetitia, em março passado, concluindo dois anos de reflexão por parte da Igreja sobre o matrimónio e a família. Esta constitui o cadinho indispensável no qual cônjuges, pais e filhos, irmãos e irmãs aprendem a comunicar e a cuidar uns dos outros desinteressadamente e onde os atritos, ou mesmo os conflitos, devem ser superados, não pela força, mas com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão.[16] A partir da família, a alegria do amor propaga-se pelo mundo, irradiando para toda a sociedade.[17] Aliás, uma ética de fraternidade e coexistência pacífica entre as pessoas e entre os povos não se pode basear na lógica do medo, da violência e do fechamento, mas na responsabilidade, no respeito e no diálogo sincero. Neste sentido, lanço um apelo a favor do desarmamento, bem como da proibição e abolição das armas nucleares: a dissuasão nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca não podem fundamentar este tipo de ética.[18] Com igual urgência, suplico que cessem a violência doméstica e os abusos sobre mulheres e crianças.
O Jubileu da Misericórdia, que terminou em novembro passado, foi um convite a olhar para as profundezas do nosso coração e a deixar entrar nele a misericórdia de Deus. O ano jubilar fez-nos tomar consciência de como são numerosos e variados os indivíduos e os grupos sociais que são tratados com indiferença, que são vítimas de injustiça e sofrem violência. Fazem parte da nossa «família», são nossos irmãos e irmãs. Por isso, as políticas de não-violência devem começar dentro das paredes de casa para, depois, se difundir por toda a família humana. «O exemplo de Santa Teresa de Lisieux convida-nos a pôr em prática o pequeno caminho do amor, a não perder a oportunidade duma palavra gentil, dum sorriso, de qualquer pequeno gesto que semeie paz e amizade. Uma ecologia integral é feita também de simples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração, do egoísmo».[19]
O meu convite
6. A construção da paz por meio da não-violência ativa é um elemento necessário e coerente com os esforços contínuos da Igreja para limitar o uso da força através das normas morais, mediante a sua participação nos trabalhos das instituições internacionais e graças à competente contribuição de muitos cristãos para a elaboração da legislação a todos os níveis. O próprio Jesus nos oferece um «manual» desta estratégia de construção da paz no chamado Sermão da Montanha. As oito Bem-aventuranças (cf. Mateus 5, 3-10) traçam o perfil da pessoa que podemos definir feliz, boa e autêntica. Felizes os mansos – diz Jesus –, os misericordiosos, os pacificadores, os puros de coração, os que têm fome e sede de justiça.
Este é um programa e um desafio também para os líderes políticos e religiosos, para os responsáveis das instituições internacionais e os dirigentes das empresas e dos meios de comunicação social de todo o mundo: aplicar as Bem-aventuranças na forma como exercem as suas responsabilidades. É um desafio a construir a sociedade, a comunidade ou a empresa de que são responsáveis com o estilo dos obreiros da paz; a dar provas de misericórdia, recusando-se a descartar as pessoas, danificar o meio ambiente e querer vencer a todo o custo. Isto requer a disponibilidade para «suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de ligação de um novo processo».[20] Agir desta forma significa escolher a solidariedade como estilo para fazer a história e construir a amizade social. A não-violência ativa é uma forma de mostrar que a unidade é, verdadeiramente, mais forte e fecunda do que o conflito. No mundo, tudo está intimamente ligado.[21] Claro, é possível que as diferenças gerem atritos: enfrentemo-los de forma construtiva e não-violenta, de modo que «as tensões e os opostos [possam] alcançar uma unidade multifacetada que gera nova vida», conservando «as preciosas potencialidades das polaridades em contraste».[22]
Asseguro que a Igreja Católica acompanhará toda a tentativa de construir a paz inclusive através da não-violência ativa e criativa. No dia 1 de janeiro de 2017, nasce o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que ajudará a Igreja a promover, de modo cada vez mais eficaz, «os bens incomensuráveis da justiça, da paz e da salvaguarda da criação» e da solicitude pelos migrantes, «os necessitados, os doentes e os excluídos, os marginalizados e as vítimas dos conflitos armados e das catástrofes naturais, os reclusos, os desempregados e as vítimas de toda e qualquer forma de escravidão e de tortura».[23] Toda a ação nesta linha, ainda que modesta, contribui para construir um mundo livre da violência, o primeiro passo para a justiça e a paz.
Em conclusão
7. Como é tradição, assino esta Mensagem no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria. Nossa Senhora é a Rainha da Paz. No nascimento do seu Filho, os anjos glorificavam a Deus e almejavam paz na terra aos homens e mulheres de boa vontade (cf. Lucas 2, 14). Peçamos à Virgem Maria que nos sirva de guia.
«Todos desejamos a paz; muitas pessoas a constroem todos os dias com pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a dificuldade de tantas tentativas para a construir».[24]No ano de 2017, comprometamo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações, palavras e gestos a violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum. «Nada é impossível, se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser artesãos de paz».[25]
Vaticano, 8 de dezembro de 2016.
Francisco
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[1] Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 228.
[2] Mensagem para a celebração do 1º Dia Mundial da Paz, 1° de janeiro de 1968.
[3] «Legenda dos três companheiros»: Fontes Franciscanas, n. 1469.
[4] Angelus, 18 de fevereiro de 2007.
[5] Ibidem.
[6] Ibidem.
[7] Discurso por ocasião da entrega do Prémio Nobel, 11 de dezembro de 1979.
[8] Francisco, Meditação «O caminho da paz», Capela da Domus Sanctae Marthae, 19 de novembro de 2015.
[9] Homilia na canonização da Beata Madre Teresa de Calcutá, 4 de setembro de 2016.
[10] N. 23
[11] Ibidem.
[12] Francisco, Discurso na Audiência inter-religiosa, 3 de novembro de 2016.
[13] Idem, Discurso no III Encontro Mundial dos Movimentos Populares, 5 de novembro de 2016.
[14] Cf. Idem, Discurso no Encontro com o Xeque dos Muçulmanos do Cáucaso e com Representantes das outras Comunidades Religiosas, Baku, 2 de outubro de 2016.
[15] Idem, Discurso em Assis, 20 de setembro de 2016.
[16] Cf. Exort. ap. pós-sinodal Amoris laetitia, 90-130.
[17] Cf. ibid., 133.194.234.
[18] Cf. Francisco, Mensagem à Conferência sobre o impacto humanitário das armas nucleares, 7 de dezembro de 2014.
[19] Idem, Carta enc. Laudato si’, 230.
[20] Idem, Exort. ap. Evangelii gaudium, 227.
[21] Cf. Idem, Carta enc. Laudato si’, 16.117.138.
[22] Idem, Exort. ap. Evangelii gaudium, 228.
[23] Idem, Carta apostólica sob a forma de “Motu proprio” pela qual se institui o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, 17 de agosto de 2016.
[24] Francisco, Regina Caeli, Belém, 25 de maio de 2014.
[25] Apelo, Assis, 20 de setembro de 2016.

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/mensagem-do-papa-francisco-para-dia-mundial-da-paz-2017/
1- Dr. Geraldo Rangel a criminalidade de Campos vem aumentando assustadamente. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) a cada 6 horas tem 1 assalto em Campos neste ano de 2016. Quais os fatores que você atribui para este crescimento?2- Neste ano Campos já teve 222 homicídios, sendo que neste mês de novembro já temos média de mais de um por dia até hoje. Qual o trabalho que a Policia Civil está fazendo para elucidar estes casos? E quantos já foram solucionados?
3- Dr. Geraldo Rangel, segundo a Pm só primeiro semestre tivemos 610 roubos de rua junto com roubo de celular. Qual a importância de registrar ocorrência, por que as pessoas acham que não vai da em nada e acabam não indo?
4- Em junho no Rio bandidos invadiram o Hospital Souza Aguiar deixando diversos feridos e um morto, achamos que isso nunca iria acontecer em Campos. Porém no ínicio deste mês bandidos invadiram o Hospital São José em Goitacazes e mataram um homem. Este caso já foi solucionado? Os hospitais precisam reforçar sua segurança?
1- Felipe Quintanilha a mobilidade urbana se apresenta como um desafio não só nos centros urbanos do Brasil, mas também nas grandes metrópoles do mundo, com deslocamento de pessoas em busca de bens e serviços de qualidade. Quais são os maiores desafios para Campos se adequar a esta demanda ?
Primeiro precisamos entender a Mobilidade Urbana como algo maior, como um grande ecossistema que tem por objetivo viabilizar o deslocamento de pessoas e bens no espaço público, num tempo considerado ideal, de maneira segura e com um mínimo de conforto. Neste sentido, o “ecossistema’ Mobilidade Urbana possui seus sistemas interligados, ou como eu gosto de dizer, seus pilares fundamentais: Planejamento Viário (infraestrutura, vias integrais); Trânsito; Transporte coletivo; Transporte alternativo; Veículos de aluguel (táxi, uber, sharing economy, etc); TNM (Transporte não motorizado); Monitoramento e Controle. Baseado neste entendimento, verificamos que Campos possui problemas em todos os pilares da Mobilidade Urbana, e que medidas isoladas e desconexas, ainda que bem intencionadas, não se mostraram eficazes. Diante disso, penso que o primeiro grande desafio para Campos é justamente pensar a Mobilidade Urbana de maneira integrada, partindo de uma análise esmiuçada da realidade existente, mediante estudo apurado dos dados e estatísticas dos órgãos oficiais (IMTT, DETRAN, etc) e, principalmente, dos estudos constantes das prateleiras de nossas Universidades, onde se encontram inúmeros trabalhos acadêmicos de extrema qualidade, para realizar um Planejamento Estratégico adequado à Mobilidade Urbana do Município. Tal estudo deverá resultar na elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana, que inclusive, já deveria existir. Com o Plano devidamente elaborado, a Cidade precisará atacar a causa de cada problema diagnosticado, que desde já observamos, como a ordenação do trânsito, os veículos de aluguel e, especialmente, o transporte coletivo, que apesar de ser beneficiado com um programa social de subsídio tarifário, não se mostra eficaz como elemento de integração territorial e indutor do crescimento ordenado.
2- O notório inchaço urbano obriga com urgência a harmonia e agilidade o deslocamento de bens e pessoas com eficiência, conforto e segurança. Quais são os fatores que podem ser adotados em uma cidade como Campos que tem uma extensão territorial imensa ?
Como dito na resposta anterior, a partir de uma visão macro e integrada da Mobilidade Urbana, materializada pelo Plano Municipal, entendo que o transporte coletivo é a chave para a integração territorial de nossa Cidade, uma vez que o transporte de massa é capaz de interligar os mais longínquos pontos do Município valorizando as atividades existentes em cada um deles, e permitindo que a população explore as atividades comerciais, educacionais, sociais e culturais de cada localidade, bairro ou distrito. Precisamos entender que se não houver um transporte de massa que funcione de maneira eficiente e eficaz, as pessoas tendem a querer se mudar de sua localidades, aumentando o famigerado êxodo e desvalorizando a localidade eventualmente desatendida.
3- O planejamento do transporte a longo prazo são adotas em grandes metrópoles com o modelo rodoviarista. Na sua avaliação o que precisa ser melhorado ?
Desde Juscelino Kubistchek, na década de 50, o País experimenta a implantação desde modelo Rodoviarista, a partir da construção, ampliação e melhoramento das rodovias. É difícil tecer críticas sobre este modelo, considerando que à época, o Brasil era pouquíssimo povoado em comparação com sua extensão territorial, o que por conseguinte, encontrou no modelo de Rodovias, a maneira mais fácil de promover a integração territorial. Valorizar o modelo Rodoviarista não deve, nem pode, significar o abandono dos modelos ferroviário, aéreo e aquático. Ora, os modelos de transporte podem conviver tranquilamente de maneira harmônica, desde que sejam pensados de maneira integrada de acordo com a demanda existente de deslocamento de pessoas e bens nos espaços públicos, que como muito bem ensina Hanna Arendt, são múltiplos.
4- Campos sofre com muito congestionamento pelo crescente número de carros. Como incentivar a população para ter uma melhor qualidade de vida e utilizar o transporte público ?
Fazer com que as pessoas optem por utilizar o transporte coletivo é o resultado da aplicação de política pública de Mobilidade Urbana. Não há como convencer qualquer cidadão a usar o transporte coletivo se ele não confia no sistema, até porquê, os exemplos na imensa maioria do país é sempre de sistemas de transportes ineficientes e ineficazes, lembrando que eficiência está relacionada à processo, e eficácia à resultados. Penso que a opção pelo transporte coletivo virá de maneira gradativa a partir da implantação de política pública de Mobilidade Urbana que valoriza o espaço público, que ordene o trânsito, que regulamente as práticas de compartilhamento de veículos, que incentive o transporte não motorizado e, especialmente, priorize o transporte de massa ao invés do transporte individual.
5- Felipe o transporte sobre trilhos é viável em Campos ?
Marco, não se pode falar em viabilidade sem analisar todos os dados necessários para um adequado estudo de viabilidade do projeto. Todavia, sabemos que nossa Cidade historicamente sempre foi servida pelo transporte sobre trilhos. Vejo com muito bons olhos o retorno dos investimentos neste modelo de transporte, especialmente para o transporte de cargas.
6- Muitas pessoas confundem o transporte público com mobilidade urbana. Qual a diferença ?
Na verdade acho que a maioria acaba por entender Mobilidade Urbana somente como transporte coletivo. Como já exposto, Mobilidade Urbana é algo muito maior, é a capacidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano para a realização das atividades cotidianas em tempo considerado ideal, de modo confortável e seguro. Transporte coletivo, por sua vez, é um dos pilares da Mobilidade Urbana de uma cidade, e pode ser resumido como um meio de transporte proporcionado pelo Poder Público, diretamente ou por meio de delegação, que atende a todos os cidadãos. Como se vê, definitivamente não podemos resumir Mobilidade Urbana à transporte coletivo, ao contrario, temos que pensá-la como algo maior que precisa ser pensado de maneira integrada.
1-Fernando Antonio Loureiro, neste último final de semana você foi eleito Vice-Presidente Nacional da JCI. Faça uma análise da sua carreira juniorística e o seu futuro na JCI Brasil.
Primeiramente, gostaria de agradecer o Convite do companheiro e amigo Marco Antônio Barcelos para falar do Cargo Nacionalao qual fui eleito para o ano de 2017.
Minha carreira dentro da JCI iniciou-se em 2006, na presidência do companheiro Felippe Klem. Após nos conhecermos em um evento empresarial, fui convidado pelo mesmo à conhecer uma tal de “Câmara Júnior”, uma organização conhecida à época como a “Federação Mundial de Jovens Líderes e Empreendedores”. Diante de tal titulação e entendendo ser uma grande oportunidade, aceitei o convite e comecei a frequentar as reuniões semanais, todas as segundas-feiras. Era um ambiente acolhedor, mas um pouco misterioso, cheio de normas e controle. Em meio a tantos jovens mais velhos do que eu, alguns já reconhecidos e outros buscando esse reconhecimento, meu coração palpitava mesmo para dizer meu nome e o que eu buscava naquela organização. Percebi que iniciava ali um elo forte entre aquele jovem e a JCI.
E desde o ano de 2006, A JCI faz parte da minha Juventude. Nesta casa, aprendi a me comunicar, questionar, liderar, obedecer, ouvir, raciocinar e me desenvolver com um único e grande objetivo: criar mudanças positivas para a minha comunidade.
Nestes 10 anos, participei de mais de 20 Eventos Nacionais e Internacionais, me capacitei em dezenas de cursos, desenvolvi e participei de grandes projetos voltados para os jovens e para a sociedade, e, principalmente, fiz muitos e grandes amigos na minha cidade, no meu país e ao redor do mundo.
Em 2014, participando ativamente das atividades, decidi que seria meu momento de retribuir e contribuir com o progresso da nossa Organização. Desta forma, coloquei meu nome em apreciação para o Cargo de Presidente Local da JCI Campos para o ano de 2016, sendo eleito por aclamação pelos membros da JCI Campos.
Desde então, desenvolvi um Planejamento para os anos que estaria liderando nossa Organização junto com os Conselhos Diretor dos anos seguintes. Em 2015, participei de 5 Eventos Nacionais e Internacionais, em destaque para o Congresso Mundial de 100 anos da JCI, ocorrido em Kanazawa, Japão. Foi um ano de muito preparo, aprendizado e envolvimento com a JCI para que pudesse dar o meu melhor no ano da minha Presidência Local. 2016 tem sido um Ano Mágico! A JCI Campos renasce para a sociedade e para a juventude, resgatando e unindo os membros do passado e construindo uma Nova Geração de Membros ativos e capacitados para desenvolver novos projetos de impacto, representar a Organização e seus princípios e dar continuidade ao legado da JCI Campos. Foram 14 Membros distintivados ao longo do ano e mais 6 membros que se efetivarão na Cerimônia de Posse no final do ano, com a presença do Presidente Nacional da JCI. Diversos projetos foram desenvolvidos neste ano e centenas de pessoas impactadas, com destaque para o projeto “Conheça o Candidato”, que se tornou inspiração para diversas instituições da nossa Cidade.
Foi um ano de muitas conquistas e reconhecimento para a JCI Campos. Durante o ano senti que deveria continuar contribuindo para o crescimento e reconhecimento da JCI. Desta forma, coloquei meu nome à disposição da JCI Brasil para pleitear o Cargo de Vice-Presidente Nacional. Fizemos um trabalho de divulgação nas OL’s ao redor do país e obtivemos grande resultado. Após Sabatinas com os Presidentes Locais, fui eleito com 180 dos 183 votos totais. Foi uma grande honra este reconhecimento, ao mesmo tempo em que me traz uma grande responsabilidade em representar e contribuir com as JCI’s em nosso País
2- A sua gestão está sendo marcada por retornar a JCI aos tempos áureos com uma posse como a muito tempo não se via, resgatando membros e voltando a ser a Câmara Júnior novamente uma família. Qual o segredo deste sucesso?
Em nosso planejamento para o ano, percebemos que iniciar 2016 com uma Gestão intensa e que resgatasse o prestígio e a representatividade da nossa Organização faria com que a JCI Campos reabrisse as portas dos seus parceiros institucionais para que tivesse atuação firme e que grandes projetos pudessem ser desenvolvidos em conjunto. Valorizamos o networking e a história da nossa Organização que está há 55 anos em nossa cidade, pois percebemos que o respeito e a credibilidade da nossa instituição precisava ser despertada.
Iniciamos nossas reuniões com intensa atividade e projetos em andamento. No dia 8 de Março, realizamos a Cerimônia de Posse da Gestão 2016. Foi um marco para o início de um grande Ano. Auditório do Hotel Ramada lotado com a presença de Vereadores, Presidentes das maiores instituições da Cidade e a participação ilustre de dezenas de Passados Presidentes, Senadores e Fundador da JCI Campos. Foi um evento de reencontro e de muita emoção.
E assim continuamos nosso Ano, com muito trabalho e dedicação nos projetos e capacitações, preparando os novos membros para que participassem e se envolvessem com a Organização, resgatando a atuação dos nossos grandes líderes e unindo toda o time, fortalecendo os laços de amizade que foram a marca da Câmara Júnior de Campos. A JCI Campos foi liderada com muito Amor e Comprometimento. Este é motivo do sucesso, respeito e admiração da sociedade resgatado.
3- Quais suas metas como VPN para o ano de 2017?
Meu trabalho enquanto Vice-Presidente Nacional será pautado no crescimento e reconhecimento das Organizações Locais nas cidades onde a JCI se faz presente e na abertura e estruturação de novas Organizações Locais em cidades com grande potencial, como são os casos das cidades de São Fidélis, São João da Barra, Belo Horizonte e Vitória. Minha área de atuação estará focada na Região Sudeste do País. Buscarei também contribuir para o fortalecimento de grandes Organizações como a JCI Brasil- Japão, em São Paulo. Assumi uma grande responsabilidade e espero muito que a JCI Brasil possa colher grandes resultados ao final de 2017, com Organizações Locais Definitivas estruturadas e em crescimento, bem como novas Organizações Potenciais e Provisórias surgindo com o espírito do Juniorismo em sua essência.
4- A JCI Brasil-Japão, em São Paulo, tem uma média de 70 membros ativos na Organização Local. Como motivar nossos jovens para a JCI Campos ter esta frequência e desenvolver novos projetos?
Um dos temas que mais se discute na JCI Brasil tange o Crescimento das Organizações, tanto dentro das OL’s quanto à nível nacional.Redescobrimos neste ano na JCI Campos que dois fatores são essenciais para o crescimento e fortalecimento de uma Organização de voluntários jovens: Ambiente e Ação. Em 2016, foram os projetos e iniciativas que cativaram os novos membros a participarem e se tornarem membros ativos, além de resgatar tantos outros membros adormecidos no Juniorismo Campista, pois lhes faltava o brilho nos olhos. Todos esses projetos e iniciativas só se tornaram exitosos com o envolvimento e entrosamento de toda a equipe, que carinhosamente chamamos de família JCI Campos. A união e o carinho de todos, construído através das diversas oportunidades que proporcionamos de confraternização e aproximação dos membros novos e mais antigos, foi crucial para o momento de fortalecimento e reconstrução que vivemos hoje em nossa Organização.
5- Como jovem empresário de sucesso e agora VPN da JCI Brasil, quais seus conselhos para os jovens seguirem o caminho para se capacitar e se tornar um homem respeitado na sociedade?
A JCI esteve muito presente em toda a minha Juventude. Foi parte do amadurecimento e lapidação do meu caráter e dos meus propósitos profissionais e de vida. Enquanto membro da JCI, iniciei minha carreira empresarial no segmento Imobiliário e muito do que absorvi desta Organização me foi essencial para a minha atuação profissional à frente da empresa. Networking, liderança, planejamento, comunicação e compromisso com as pessoas são a base de um bom gestor e a JCI é a Casa de Oportunidades que oferece todas estas experiências e aprendizado.
A JCI é do tamanho que queremos que ela seja. Cada membro se desenvolve à medida que participa ativamente dos seus projetos e experimenta a liderança voluntária. Sou muito grato e honrado por tudo que me foi oportunizado nesta Casa. Tenho um grande compromisso com o futuro desta Organização na nossa Região e no nosso País e espero deixar um legado de sucesso e reconhecimento da JCI Campos neste ano e também para a JCI Brasil no ano que vem.
6 – Deixe suas considerações finais ao jovens campistas.
Gostaria de registrar o meu carinho e admiração por você ser esse exemplo de perseverança e positividade que pude conviver durante esse ano, Marco. Você foi parte importante da história escrita neste ano de 2016, assim como já havia deixado sua marca na Câmara Júnior em anos atrás. Construímos uma grande amizade e respeito nesta caminhada e espero que possamos levá-la para a vida inteira.
Aproveito para Convidar a você, jovem, que busca um ambiente próspero para desenvolver suas habilidades e retribuir à Sociedade através de projetos de impacto positivo e sustentável na sua Comunidade. Conheça a JCI e apaixone-se! Todas as segundas-feiras, às 20 horas, no Edifício Pioneiro 7º Andar, nos reunimos para discutir ideias e ideais, trabalhando firme para contribuir com o futuro da nossa Cidade e da nossa Juventude. Junte-se a nós! Entre no facebook.com/jcicamposdosgoytacazes e conheças nossos projetos e realizações. Muito obrigado.

Na noite de ontem, encerramos com chave de ouro o projeto Conheça O Candidato da JCI(Câmara Junior). Após receber todos os candidatos, encerramos com Rafael Diniz, que apresentou seus projetos e ressaltou que para tirar a dependência dos royalties “Temos que investir no agronegócio, criando o Agrônomo de Família, financiando recursos e levando técnicos agrícolas para treinar o homem do campo, é uma forma de aquecer nossa economia”. Ainda ressaltou, a importância de resgatar nossa história leiteira incentivando a criação de cooperativas para não levar o leite para fora do município para ser beneficiado.
Na área da educação: “Vamos dar condições e dignidade ao professor para trabalhar, não deixando faltar materiais básicos como: material de quadro, papel, e até material de higiene pessoal, e ainda, vamos colocar nossas crianças estudando em tempo integral, unindo educação e esporte”. Na oportunidade, esclareceu que irá fazer valer seu projeto que está engavetado da eleição direta para diretores de escola, “No meu governo, iremos abrir o diálogo com os professores, merendeiras, e todos que trabalham para fazer uma educação de qualidade”.
O marco zero no dia primeiro de janeiro de 2017, será fazer uma auditoria das finanças para avaliar qual a real situação que se encontra o município. “Não vai ser a caça às bruxas, nem perseguir quem não votou em mim, mas para conseguirmos tirar nosso município da situação que se encontra, e fazer os projetos futuros, com responsabilidade, temos que saber qual a verdadeira situação que Campos se encontra. ”
Na saúde, o candidato Rafael Diniz, salientou a importância de nossos hospitais regionais que atendem além da nossa população, as cidades vizinhas. Ressaltou também a qualidade do corpo médico e técnico: “Temos que valorizar e investir na saúde, não deixando faltar medicamentos e materiais básicos. ” Marcações de exames e consultas por meio digital, será implantado como forma de acabar com filas que viram a noite “ A pessoa que vira a noite na fila fica em condição de trabalhar ou estudar no outro dia. “
Daniel Limas, da Reportagem do Vida Mais Livre
Você sabia que, em 21 de setembro, é comemorado e lembrado em todos os estados brasileiros o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência? Essa data foi instituída em 14 de julho de 2005, pela Lei Nº 11.133. Na verdade, ela começou a ser lembrada em 1982, por iniciativa de movimentos sociais.
Essa data foi escolhida porque é próxima ao início da Primavera (23 de setembro) e coincide com o Dia da Árvore, datas que representam o renascer das plantas, que simbolizam o sentimento de renovação das reinvindicações em prol da cidadania, inclusão e participação plena na sociedade. Foi Cândido Pinto de Melo, um ativista do movimento das pessoas com deficiência, que propôs, no início da década de 80, esta data. Cândido foi um dos fundadores do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes – MDPD, organização de pessoas com deficiência que já se reuniam mensalmente desde 1979, e discutiam propostas de intervenções para a transformação da sociedade paternalista e da ideologia assistencialista.
Acreditamos que divulgar e lutar pelas causas das pessoas com deficiência é um trabalho diário. No entanto, o 21 de setembro é muito importante como um marco, e pede a nossa reflexão e a busca por novas soluções. Este é o dia, também, em que as mais de 45,6 milhões de pessoas com deficiência, apontadas pelo Censo de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), devem colocar suas caras nas ruas ou mesmo nas redes sociais e reivindicar seus direitos.
Afinal, apesar das conquistas recentes, a desigualdade, a exclusão, o preconceito e a falta de acesso a serviços ainda continuam enormes.
Para evitar a exclusão, nada melhor que a informação. Conheça algumas das principais leis brasileiras que tratam sobre os direitos das pessoas com deficiência:
Lei Federal nº 7.853, de 24/10/1989 – Estatuto da pessoa com deficiência – dispõe sobre a responsabilidades do poder público nas áreas da educação, saúde, formação profissional, trabalho, recursos humanos, acessibilidade aos espaços públicos, criminalização do preconceito.
Lei Federal nº 8.213, 24/07/1991 – Lei de Cotas – dispõe que as empresas com 100 (cem) ou mais empregados devem empregar de 2% a 5% de pessoas com deficiência.
Lei Federal nº 10.098, de 20/12/2000 – Direito à Acessibilidade – dispõe sobre acessibilidade nos edifícios públicos ou de uso coletivo, nos edifícios de uso privado, nos veículos de transporte coletivo, nos sistemas de comunicação e sinalização, e ajudas técnicas que contribuam para a autonomia das pessoas com deficiência.
Lei Federal nº 10.436, 24/04/2002, dispõe sobre o reconhecimento da LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais para os Surdos.
Lei Federal 9.394/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – reconhece que a educação é um instrumento fundamental para a integração e participação de qualquer pessoa com deficiência no contexto em que vive. Está disposto nesta Lei que “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial e que o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular”. A legislação brasileira também prevê o acesso a livros em Braille, de uso exclusivo das pessoas com deficiência visual.
Lei Nº 4.169, de 4 de dezembro de 1962 – Oficializa as convenções Braille para uso na escrita e leitura dos cegos e o Código de Contrações e Abreviaturas Braille.
Direito ao passe livre – Os cidadãos com deficiência também possuem benefícios relacionados aos meios de transporte. A Lei 8.899/94, conhecida como Lei do Passe Livre, prevê que toda pessoa com deficiência tem direito ao transporte coletivo interestadual gratuito, e que cabe a cada estado ou município implantar programas similares ao Passe Livre para os transportes municipais e estaduais.
Lei Nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995 – Dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas com deficiência física, e dá outras providências. (Redação dada pela Lei Nº 10.754, de 31.10.2003)
Lei Nº 10.754, de 31 de outubro de 2003 – Altera a Lei Nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995 que “dispõe sobre a isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas com deficiência física e aos destinados ao transporte escolar, e dá outras providências”.
Lei Nº 11.126, de 27 de junho de 2005 – Dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia.
Lei Nº 12.319, de 1 de Setembro de 2010 – Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Pagina do Face, Marco Barcelos:
https://www.facebook.com/Amigo-de-um-deficiente-visual-Marco-Barcelos-1390979044452763/
Ontem a noite tivemos a quinta rodada na JCI (Câmara Júnior Internacional) do Projeto "Conheça o Candidato" com a presença do candidato a Prefeito Nildo Cardoso, que afirmou que ganhando as eleições sua prioridade será a saúde "As pessoas que tem um familiar nos corredores dos hospitais aguardando uma vaga para fazer uma cirurgia, não tem cabeça para estudar ou até mesmo trabalhar", e ressaltou ainda que no seu governo irá de uma UPA para quatro, sendo uma no Farol, Jockey e outra em Santo Eduardo.
Outra prioridade será a educação, com a diminuição da carga horária das educadoras de creche, de 8 (oito) para 6 (seis) horas diárias, "Existe hoje cerca de 30% das educadoras com atestado médico", com esta medida, segundo o candidato, as crianças terão melhor qualidade no aprendizado, e os educadores não ficarão sobrecarregados. "Os salários dos professores iremos corrigir a defasagem de 40%, acreditando que corrigindo os salários eles irão trabalhar satisfeitos, melhorando nossa qualidade de ensino". O candidato frisou que mesmo com essa mudança, manterá as creches funcionado em dois turnos.
Quando foi perguntado ao candidato sobre como acabar com a dependência dos royalties, respondeu: "Royalties, que royalties? Já que comprometeram nossos recursos por mais de 20 anos, só nos resta fechar os ralos que desperdiçam nosso dinheiro público. Desta maneira esse dinheiro irá sobrar e será investido nos buracos que foram deixados pelo atual governo." Sobre o autor
Marco Barcelos
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