Dora Paula Paes
12/11/2025 15:19 - Atualizado em 12/11/2025 15:19
Porto do Açu (Fotos: Rodrigo Silveira)
Porto do Açu (Fotos: Rodrigo Silveira)
Porto do Açu (Fotos: Rodrigo Silveira)
Porto do Açu (Fotos: Rodrigo Silveira)
Porto do Açu (Fotos: Rodrigo Silveira)
Com conexões que impulsionam o desenvolvimento no Norte Fluminense e representando 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, os números de 2025 do Porto do Açu foram apresentados a jornalistas da região nessa terça-feira (11). Entre os principais indicadores, o complexo tem 30 empresas instaladas em sua retroárea e um volume de 6.910 acessos marítimos registrados até setembro deste ano - com intenção de fechar o ano em 7 mil. Em quantitativo de empregos já são 7 mil. Até o final de 2025, outra meta é alcançar cerca de R$ 60 milhões investidos em fornecedores locais.
A visita guiada em um dos terminais do complexo porto-indústria teve como interlocutores o diretor de Administração Portuária e Serviços, Vinicius Patel, e o gerente de Relações Portuárias e Reserva Caruara, Caio Cunha. Os dois detalharam a realidade do Porto, que nos últimos 11 anos mudou a realidade da região.
Jornalistas da região visitam o Porto do Açu
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Foto: Rodrigo Silveira
— O Porto do Açu segue como um dos principais vetores de desenvolvimento socioeconômico do Norte Fluminense. Além de referência nacional em logística e infraestrutura. Hoje, cerca de 70% dos 7 mil colaboradores de todas as empresas instaladas no complexo portuário residem em São João da Barra ou Campos, reforçando o compromisso do empreendimento com a geração de oportunidades e o desenvolvimento regional — disse Patel.
— Aproximadamente 6% do PIB brasileiro passa pelo Açu, e 40% da receita tributária própria de São João da Barra é oriunda de IPTU e ISS pagos pela Prumo Logística, holding responsável pelo desenvolvimento do complexo, e suas subsidiárias (Porto do Açu Operações, Ferroport, Vast Infraestrutura, GNA, Dome e efen) — reforçou Caio Cunha.
Em um ano marcado pela COP 30, o Porto do Açu, segundo eles, também registrou avanços significativos em projetos essenciais para apoiar o Brasil e o mundo na redução do carbono. O hub de hidrogênio, por exemplo, tem potencial para acelerar a descarbonização de diversos segmentos industriais. O projeto, que foi salientado por eles, permitirá uma redução de até 60% nas emissões de dióxido de carbono (CO?) em relação ao método tradicional de produção de ferro gusa em altos-fornos a carvão mineral. A tecnologia já nasce preparada para, no futuro, utilizar hidrogênio de baixa emissão, abrindo caminho para uma cadeia de produção de aço de emissões próximas a zero.
Fotos: Rodrigo Silveira
Fotos: Rodrigo Silveira
Fotos: Rodrigo Silveira
Fotos: Rodrigo Silveira
Outro ponto é o avanço do Porto na implantação do primeiro hub de descomissionamento sustentável do Brasil, com a assinatura de dois novos acordos: um consórcio com a IKM Testing e um memorando de entendimento com a SISTAC. Ambos para viabilizar serviços essenciais para o pré-desmantelamento de plataformas e unidades offshore, como inspeção, manutenção, reparo e descontaminação. "Esses avanços posicionarão Porto como referência nacional em acostamento temporário, pré-desmantelamento e desmantelamento de unidades offshore. Temos espaço para cinco plataformas, mas a meta é chegar a 10", disse Patel.
Já o Terminal Multicargas (T-Mult), administrado pela Porto do Açu Operações, ampliou sua capacidade com 500 metros de cais e um segundo berço, permitindo a operação simultânea de dois navios e elevando a movimentação anual para 2,7 milhões de toneladas. Uma área de 420 mil m² está pronta para futuras expansões. O terminal também diversificou seu portfólio com novas cargas: trigo, tarugo (insumo para a siderurgia) e milho não transgênico, que marcou a primeira exportação do agro mato-grossense pelo Porto. Neste contexto de expansão, tanto Patel e Caio reforçam a necessidade de pensar de forma mais acelerada e efetiva a malha viária, como as vias de acesso ao Porto, por parte dos governos (em suas esferas). Segundo eles, o Porto faz sua parte, inclusive, colaborando na elaboração de projetos.
Perspectivas futuras? Sim. Uma unidade misturadora de fertilizantes, um terminal dedicado a grãos, uma esmagadora, uma planta de fertilizante de nitrogênio e a integração ferroviária.
Reserva Caruara: menina dos olhos em preservação ambiental Dentro da área do Porto, a Reserva Caruara é a maior reserva privada de restinga do Brasil. Paixão dos que atuam no Porto, ela vem nos últimos anos se consolidando como polo de sustentabilidade, educação ambiental e pesquisa científica.
Reserva Caruara
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Foto: Rodrigo Silveira
Caio Cunha explicou que são 40 km² de área protegida, mais de 20 programas de monitoramento — a ação de monitoramento das tartarugas é um dos destaque —, mais de 47 mil visitantes até outubro de 2025 e mais de 69 pesquisas científicas realizadas.
"Neste ano de 2025, a Caruara também firmou este ano seu primeiro contrato com empresa de fora do Porto. A EDF Brasil fechou acordo de cooperação técnica com o Inea para desenvolver projetos de educação ambiental no Norte Fluminense e foi oficialmente incluída no mapa do Ministério do Turismo como atrativo natural de turismo sustentável", disse.