Sem contorno em Campos, BR 101 terá novo contrato leiloado nesta terça-feira
Mário Sérgio Junior 08/11/2025 08:31 - Atualizado em 08/11/2025 08:31
BR 101 em Campos
BR 101 em Campos / Rodrigo Silveira
Na próxima terça-feira (11) acontece o leilão do contrato otimizado da BR 101/RJ, também conhecida como Autopista Fluminense. O trecho de 322,10 quilômetros conecta a divisa do Rio de Janeiro com o Espírito Santo ao entroncamento com a ponte Presidente Costa e Silva, em Niterói, atravessando 13 municípios fluminenses estratégicos para a economia nacional, como Campos.
Segundo o Ministério dos Transportes, a concessão, com prazo de 22 anos, prevê investimentos de R$10,18 bilhões. Entre as melhorias previstas estão duplicações, faixas adicionais e vias marginais. Serão construídos ainda novos dispositivos de acesso, passarelas e paradas de ônibus, promovendo maior segurança e fluidez no tráfego.
No final de outubro deste ano, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), falou de sua preocupação em relação à construção do novo contorno para retirar o tráfego da área urbana da cidade, que não está prevista no edital. No entanto, ele destacou outras melhorias. “Tem duplicação do Trevo do Índio até Ururaí, tem a duplicação pegando a Ponte Alair Ferreira até Travessão, que também é muito importante. Mas não tem previsto no edital de imediato o contorno rodoviário de Campos. O que colocaram foi apenas um gatilho caso haja aumento do número de veículos nas praças de pedágio e no centro urbano de Campos. Com certeza vai haver, mas o que deixaram lá foi apenas um gatilho para uma possível construção de um contorno rodoviário no futuro”, disse.
O presidente da Firjan NF, Francisco Roberto de Siqueira, também falou sobre a expectativa pelo leilão. “A realização do leilão para otimização contratual da concessão da BR 101 pode proporcionar muito mais do que uma obra de infraestrutura: será um investimento em eficiência logística, segurança viária e competitividade para toda a cadeia produtiva fluminense, contribuindo efetivamente para que o desenvolvimento gerado pela indústria chegue também às cidades, à economia local e à vida das pessoas”, comentou.
Ele ressaltou, ainda, a importância da rodovia para o desenvolvimento econômico. “A rodovia é fundamental para a competitividade de toda a indústria fluminense, garantindo não só o transporte de trabalhadores como também o de matérias-primas. Além disso, a 101 integra os polos produtivos de Macaé e o Porto do Açu, ao restante do país, fortalecendo o escoamento da produção e o abastecimento regional”, disse.
A administração da rodovia era concedida à Arteris Fluminense, mas em 2020 a empresa desistiu da concessão que chegaria ao fim em 2033. (M.S.)

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