Como adiantado por Bacellar, Jair não volta para a Agricultura de Castro
Rodrigo Gonçalves 03/02/2023 19:25 - Atualizado em 03/02/2023 21:29
Como adiantado pelo novo presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (PL), Jair Bittencourt não vai voltar à secretaria estadual de Agricultura, cargo que foi nomeado logo no início do segundo mandato de Claudio Castro (PL). Jair havia conquistado a secretaria dentro de um acordo, feito no fim do ano passado, para abrir mão de se candidatar ao cargo maior da Alerj. Como mudou de ideia de última hora e chegou a lançar a sua candidatura, até então, deve ficar de fora do governo.
— A princípio, acho que não. Eu acho que com esses movimentos aí, a gente tem que aguardar as tratativas de governo — disse Bacellar sem esconder que atitude Jair não passaria sem consequências. “Não vai ter retaliação, mas vai ter reconstrução de confiança, de trato, de convivência, que no seu devido momento vai se ajeitar”, falou à imprensa nessa quinta-feira (02).
Segundo a Berenice Seara, Jair não só fica de fora do governo do estado, mas também perdeu o poder de indicação de seu sucessor na Secretaria de Agricultura.
“Quem vai assumir a pasta é o Doutor Flávio (PL), ex-prefeito de Paracambi e marido da atual prefeita, Lucimar Ferreira (PL). Ele é primeiro suplente do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, e também irmão do deputado Doutor Deodalto”, escreveu Berenice.
Vale lembrar que Deodalto chegou a apoiar a candidatura de Jair, que foi retirada. Outro que também teria se oposto, incialmente, a chapa de Bacellar foi Doutor Serginho (PL). Após ser exonerado da secretaria estadual de Ciência e Tecnologia para tomar posse na Alerj, chegou a cogitar, orientado pelas lideranças do seu partido, a não voltar para a pasta de Castro.
Apontado por Bacellar, como sendo o interlocutor da união das chapas, parece não ter sido “punido”, já que vai ser o líder do Governo na Assembleia, cargo que geralmente é acumulado pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que fica com Rodrigo Amorim (PTB).
No fim das contas, até agora, a que tudo indica, o maior prejudicado com a frustrada candidatura foi Jair, que chegou a afirmar para este blog que era “zero a possiblidade de recuar” na disputa contra Bacellar”. Não, só recuou como teve se explicar afirmando que não tramou contra quem fez questão de chamar de meu presidente.
Jair tem afirmado que não vai deixar de ser da base de Castro. Ao ser procurado nesta sexta-feira (03), ele falou que vai conversar com o “pessoal” ainda, mas que retirou a candidatura em comum acordo. “Somos da base”.

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